segunda-feira, março 31, 2003

subverter.

terça-feira, março 18, 2003

Alguma coisa está fora da ordem. Mas está mesmo.

segunda-feira, março 17, 2003

Embevecida.
Se me fossem concedidas três mudanças, uma física, uma psicológica e uma espacial, hoje, não teria dúvidas. Mãos mais delicadas, mente mais organizada em um lugar que tenha as quatro estações do ano.
E fico pensando, Será que você ainda volta a ser que nem antes? Eu ia fazer tudo diferente dessa vez. E não entenda ao contrário. Diferente.
O DONO DO BOTÃO

Aí eu fico pensando, Será que as pessoas que estão lá não gostariam, na realidade, de estar em um outro lugar? Em uma varanda, se balançando em uma redinha daquelas furadas, abraçando uma pessoa que gostem muito? Será que não dá uma vontade louca de dizer bem alto, Mas que diabo é que eu estou fazendo aqui? E ir embora. Simplesmente ir embora. Rebolar este troço que tem nas mãos e ir embora dalí. Será que não percebem que não vai adiantar nada. Que a vida é um tantinho assim desse tamanho e que não deve ser legal, mas não deve ser mesmo, ter o mundo pra si. Eu acho que no fundo – parece ser sempre no fundo que as coisas sensatas acontecem – sabem, sentem, querem. Gostaria de entender como eles conseguem. Porque, sério, o mundo é um presente de grego, doido quem resolve querer. Doido a pessoa resolver pegar a sua vida e dedicar uma parte dela, uma parte boa, nova ainda, em preparar uma forma de fazer com que o mundo seja seu. Ou com que o petróleo seja seu (meu povo, o petróleo só tem mais 40 anos de existência...). Ou com que o outro goste do seu Deus. Não sei qual é a dificuldade de aceitar que o deus do outro seja outro, não sei onde o deus do outro vai interferir na minha vida, o que custa não ligar se for um outro que não o meu. Ou pior, dedicar a vida a guardar um pedaço de chão tendo um monte de chão no mundo sem ninguém. Não sei o que vai mudar na vida dessas pessoas se elas procurassem um outro lugar pra viver. Acho que resolvia fazer que nem faz com menino, não deixar a terra mais pra ninguém, pra nenhum dos dois. Deixar a terra pros bichos, para uma plantação de eucaliptos e na construção de uma reserva ambiental. Ah mas lá não tem nada, não tem selo, água, bichos... pois construam, sai mais barato que manter uma guerra idiota. Como sempre (ou não..acho que consegui espantar todos os leitores) vão me acusar de simplista, vão dizer um monte de coisas para invalidar a simplicidade da minha idéia, mas eu vou dizer, é simples assim mesmo, e, queria era ver se não dava certo..

terça-feira, março 11, 2003

As pessoas se escondem atrás dos as e erres. Criam um mundo de sonho onde o que gostaria de ser prevalece. E ouvem a voz do que gostariam de ser. E tomam atitudes pelo que gostariam de ser. Gostariam de ser não de ambição de se tornar, mas de ser uma pessoa de outra forma, como um bolo quadrado que queria ser daqueles redondos com um furo no meio e não um simples que gostaria de passar a ser um com cobertura de chocolate. E se sentem tão redondas com furo no meio quanto são quadradas. E querem acompanhamento de bolo redondo, mas não combina com elas. E elas insistem. E todos acabam acreditando porque acabam que o que vêem é isso mesmo. Não lêem as entrelinhas. É mais fácil comer do doce que está exposto na mesa que buscar um, que você nem sabe qual é, na geladeira. Esse já está mastigado, não necessita de maiores convivências. O outro ainda precisa ser conquistado, desbravado, você precisa ainda ser aceito por ele.

A enorme almofada azul cheia de estrelinhas no chão em que as pessoas deixam para as outras deitarem. O brilho nos olhos que as pessoas dizem ter e que acreditamos sem ver porque letras não brilham tanto assim. O fantástico mundo encantado que tem dentro da cabeça das pessoas que pensamos freqüentar, habitar ou descobrir. De tudo isso eu participo, mas, no fundo, sei que nada existe.

segunda-feira, março 10, 2003

no fim das contas, todas as histórias são tristes.

sábado, março 08, 2003

Me estranhei agora. Isso nunca aconteceu. Eu deveria ter tido ciúmes, eu deveria ter quebrado o maior pau, chutado o da barraca, a sua bunda. Mas não. Não senti nada. Quis ainda ter ódio, morrer, matar você, mas não tive foi nenhuma vontade, como se não estivesse acontecendo nada que me importasse, ou que, pelo menos, até pouco tempo atrás achava que deveria me importar. Eu realmente não liguei. Deve ser o reggae que ando ouvindo...

Tô adorando esta novidade desvinculativa.
e não é por ser bonito que acredito demaisnas pessoas. se fosse já nao acreditaria mais, nada se sustenta só por ser bonito. é assim porque não consegue ser de outra forma. pelo menos até hoje.