quinta-feira, março 30, 2006

Utilidade Pública

Pessoas,

Durante todo o mês de abril a UECE disponibiliza a inscrição para a Especialização em Literatura Brasileira. As inscrições podem ser feitas pela manhã com a Érica e pela tarde com a Geórgia. A data prevista para o início das aulas é 05 de maio.

Os interessados devem se dirigir ao Centro de Humanidades da UECE portando os seguintes documentos:

- 1 foto 3x4
- Comprovante de Endereço (água, luz ou telefone)
- Currículo comprovado (cópia de todos os certificados e diplomas, inclusive o de graduação)
- Cópias de RG e CPF


Para falar com a Érica ou com a Geórgia tem que ligar para a UECE e pedir para passar para a Especialização. As meninas são super atenciosas, pode ligar à vontade e perguntar qualquer coisa, mas se tiver pensando em ir na UECE é bom marcar uma hora com elas. Outra coisa, a sala para se inscrever não é a coordenação de letras, mas a sala do mestrado. Na coordenação você saberá no máximo, onde fica a sala correta.

Coordenação: Profa. Ana Vládia.


Informações:
Centro de Humanidades
Local: Centro de Humanidades - CH
Av. Luciano Carneiro, 345 - Fortaleza - Ceará
CEP.: 60.740-000
Telefones: (0xx85) 3101.2030
e-mail: ch@uece.br

sexta-feira, março 24, 2006

Estraguei os morros.

quinta-feira, março 23, 2006

Jorge

O cavaleiro tira as armaduras.
Quer sentir o mundo sem elas.
o sol castigando a pele.
o vento pelo avesso no cabelo.
o peito desprotegido de tudo.

Não carrega nem sapatos.
Está nu. em pêlos.
Não tem mais morada em si mesmo.
Entregou a alma a um passante. e ela faz morada nômade.
Quer carregar consigo apenas um corpo já meio mambembe.

E espera pra ver no que vai dar.

terça-feira, março 21, 2006

l'autre redécouverte

autismo.
um rodopio de braços abertos.
a musica de novo tomando conta de tudo.
minha vida verde e vermelho se querendo inusitada.
dias tristes, orquestras e monstros.
Oo O Oo O Oo O Oo O...
et je ferme mes yeux.

domingo, março 19, 2006

Então compreendi que só existem poliedros. Eu mesmo não existia. Até hoje tenho certeza disso.
De quê?
Certeza de que não existo. Foi um alívio.

sábado, março 18, 2006

Quero receber cartas.
Quero mudar de nome.
Quero abrir a gaiola.
Quero escrever sobre perdas e danos.
Quero uma máquina fotográfica e um filme preto e branco.
Quero uma saia de tule e uma sapatilha de ponta.
Quero duas linhas.
Quero uma armadilha.
Quero algumas letras vermelhas sobre uma planície cristalina.
Quero insone uma noite útil.
Quero outras letras e uma cartola.
Quero um maço de caracóis.
Quero um quarto de três cores.

sexta-feira, março 17, 2006

eu preciso esgarçar o peito. levá-lo ao impensável da compreensão. fazer com que se inunde de sentimento, embebido em palavra e tensão. a tensão. ela que me guie os assuntos. e me retire do costume amarelo que sou obrigada a viver. e os meus passos. com a precisão de um corte de navalha.
Ela acorda, abre a janela e avista o mar de silêncio. Paz e fúria. Um mar de silêncio é imagem de encher o olho d'água. Desce. Percorre toda a costa do país molhando só os pés. Tá vendo aquela curva? Eu tô ali, depois do coqueiro. O primeiro? Não o outro, depois da casinha branca.
Estranho.
Por quê?
Porque achei que te via aqui.
Era uma observação pertinente. Estou aqui porque só sei copiar, Gabriela. E é aqui que você está.

quarta-feira, março 15, 2006

Que não seja meu o mundo onde o amor morreu.

terça-feira, março 14, 2006

Eu só sei que cansei enfim dos meus desencontros.

sábado, março 11, 2006

onde ir

um dia essa musica poderia ter sido trilha, com toda a melancolia da melodia, com toda a força de cada palavra e com toda a certeza de que era isso mesmo, exatamente, o que acontecia. eu não sei o que vi aqui, eu não sei pra onde ir, eu não sei porque moro ali, eu não sei porque estou. eu não sei pra onde a gente vai andando pelo mundo, eu não sei pra onde o mundo vai, nesse breu vou sem rumo. só sei que o mundo vai de lá pra cá, andando por ali por acolá, querendo ver um sol que não chega, querendo ter alguém que não vem. não vem. cada um sabe os gostos que tem. só as escolhas são escolhas, são jardins. de que adianta a espera de alguém? o mundo todo reside dentro, em mim. cada um pode com a força que tem na leveza e na doçura. e aí chega o dia de ir embora, desentendendo como pude tanto tempo. me jogo no mundo como quem nasce, como quem surge de repente. sensação estranha de andar na corda bamba sem alegria de nenhum espetáculo. nessa corda eu estava só e tentava me exilar de mim.

Era sempre noite e chovia canivetes.

sexta-feira, março 10, 2006

Apocalipse

quem será eu depois do dia 31 de março?

terça-feira, março 07, 2006

Eu ainda tenho um sonho.

segunda-feira, março 06, 2006

Novela Argentina

É sempre você que faz a trilha da minha vida. Preenche alguns espaços nem sempre verdadeiramente vazios em mim, dá o meu tom e cadência, interpreta meu diálogo mudo. É com você que o meu fôlego falta melhor, que o peito rodopia com mais festejo. Que me move, estática, de um canto a outro, sempre, extatizada. Que faz notas feito escadas e que eu subo sempre sem saber a onde me leva. Marchando. Entregue e tonta. Mas você só quer de mim descompasso, efeito e rispidez. Me abandona com ardor nas mãos pela perna entrelaçada. E fala da minha dor vermelha como ninguém.

quinta-feira, março 02, 2006

o sertanejo, na caatinga, sempre sofre de ruptura e resistência, sem saber que sofre, porque é do ofício romper e resistir. sempre isso, do ofício, dando o prumo da existência, com a sabedoria de que nem um nem outro vem nem feliz nem bonito. vem como um balde de água fria. nessa hora que o cabra sente, franze as rugas e desentende.

quarta-feira, março 01, 2006

uma mulher não se deixaria morrer lindamente. ela lutaria até o fim.