quinta-feira, fevereiro 27, 2003
Aí de repente aquilo entra pelos ouvidos e a boca treme e o peito oscila e rodopia como um carrossel alucinado. os olhos querem abrir mas ao mesmo tempo está tão bom com eles assim fechados. os pêlos, parecem que são eles os condutores do som, que levam de um lado pro outro, pra cima e pra baixo. E perde o sentido de espaço e tempo e você está de fato rodando. Agora já tem até medo de abrir os olhos e cair das alturas. Não, é melhor esperar acabar para abrir. E você já está cansada como se o coração tivesse trabalhado demais. A boca seca, a língua na boca, está acabando e um solavanco. E acaba assim, na melhor parte. Que nem beijo.
quarta-feira, fevereiro 26, 2003
definitivamente eu não sei escrever. eu só sei brincar de escrever coisas sem importancia. é nisso que dá, de tanto brincar eu esqueci de aprender direito. eu sei mesmo é falar. aliás nem falar eu sei também. faço é brincar de falar. vai ver que a única coisa que eu sei mesmo é brincar. tenho que parar com isso.
- mas o que é que você tem? Você voltou da orientação tão pra baixo...
- não, mas não foi nada não. Só que eu acho que eu não vou conseguir fazer, mas nada muito grave não.
- mas mirella, o meu projeto também não vai sair bom. Eu não sei nem o que discutir com o autor. Se é que tem que discutir alguma coisa com o autor, tem?
- sei não... que autor?
- não sei...
- não, mas não foi nada não. Só que eu acho que eu não vou conseguir fazer, mas nada muito grave não.
- mas mirella, o meu projeto também não vai sair bom. Eu não sei nem o que discutir com o autor. Se é que tem que discutir alguma coisa com o autor, tem?
- sei não... que autor?
- não sei...
terça-feira, fevereiro 25, 2003
domingo, fevereiro 23, 2003
sábado, fevereiro 22, 2003
quarta-feira, fevereiro 19, 2003
terça-feira, fevereiro 18, 2003
sexta-feira, fevereiro 14, 2003
E quando eu pensei não poder mais de tristeza me dão de presente um arco-íris imenso, lindo. Então eu penso que deveria ser mais feliz.
quinta-feira, fevereiro 13, 2003
terça-feira, fevereiro 11, 2003
olho para a sua barriga. você cada vez mais longe. penso "o que é isso?". você nem sonha o quanto eu penso. minhas unhas que teimam em crescer estão tão perto. seguram a agulha. sorrimos, mas nao vejo como o mesmo sorriso. um está cheio, o outro já está cheio. aí tem a bicicletinha lá no fundo. nao. um nao está cheio, está apreensivo. e a rede tem frestas demais. e o anel que já não existe mais aparece de frente. tenho espinhas, você muitos pêlos. e nossos pescoços estão tensos.
segunda-feira, fevereiro 10, 2003
Naquele dia. Terreno bem preparado, fértil. Coisa de terra que errou uma vez e até agora acha que merece as conseqüências. Talvez mereça. Talvez não. E o sol bate dia após dia. E a chuva suaviza a vida e ameniza o desconforto. E lá fica ela, frouxa, roxa, madura e forte, à espera de um passarinho, talvez o famoso de cor verde, um que passe e a fecunde. E a tome de plantas sadias, viçosas, imperiais. E que leve ao seu marrom escuro milhões de cores sobrepostas, luz e sombra. E que terra e plantas sejam enriquecedoras uma para a outra, como todas as coisas boas devem ser. Por enquanto esta terra está apenas preparada. Cálcio, iodo, fósforo, sais, calor e água. Não quer qualquer semente. E cada dia parece melhor.
estou aqui. vim para cá. sentada e ansiosa olho freneticamente para a porta que só entra esses de azul. por que não vêm logo? lembro que tenho que pegar os livros, mas a cadeira é tão confortável.. talvez tenhamos que ligar, mandar e-mail, enviar sinal de fumaça para que venham. talvez seja isso. mas que droga difícil de fazer.e não é por causa da cadeira confortável.
quinta-feira, fevereiro 06, 2003
ele disse que gosta. eu não acredito. eu pergunto demais. ele se enche, mas responde. reponde que gosta. eu não me dou por vencida. pergunto mais.
ele já não sabe mais o que dizer. não quero que diga, quero provas. ele diz não poder, diz que apenas gosta. pergunto se aceitaria, ele diz "mas claro que sim!". Rá!, duvido...
ele já não sabe mais o que dizer. não quero que diga, quero provas. ele diz não poder, diz que apenas gosta. pergunto se aceitaria, ele diz "mas claro que sim!". Rá!, duvido...
quarta-feira, fevereiro 05, 2003
se a gente parar de olhas as pétalas podres, as caídas no chão, e olhar mais pro botãozinho que parece que vai nascer, a vida da gente, não muda, mudar não muda mesmo, mas fica de uma cor muito mais linda. pelo menos a gente para de reclamar tanto de ter que acordar ou sonha mais um pouco, mais um pouco ainda. a gente fica um pouco menos triste, para nao ficar dando de otimista se dizendo "mais feliz". mas é isso, é luzinha lá longe, vixe!, muito lá longe, às léguas, mas se a gente consegue enxergar em algum lugar, dá pra tentar ir atrás dela. nao pra pegar, quê que eu vou fazer com essa luz?, pra ir atrás mesmo, que ela só sirva de indicação de caminho, sempre, pq chegar mesmo, dizer "pronto! é aqui que eu fico.", nããão... isso eu nao quero. bom mesmo é andar.
domingo, fevereiro 02, 2003
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
valeu a viagem
Agora já não dá mais...
Nisso eu escuto no rádio do carro a nossa canção
E quase que eu me esqueci que o tempo não pára
Nem vai esperar
Vá no teu pique até nunca mais
Não te maltrates nem tentes voltar o que não tem mais vez
Nem lembro teu nome nem sei
Estrela qualquer lá no fundo do mar
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
valeu a viagem
Agora já não dá mais...
Nisso eu escuto no rádio do carro a nossa canção
E quase que eu me esqueci que o tempo não pára
Nem vai esperar
Vá no teu pique até nunca mais
Não te maltrates nem tentes voltar o que não tem mais vez
Nem lembro teu nome nem sei
Estrela qualquer lá no fundo do mar
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
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