sexta-feira, setembro 24, 2004
terça-feira, setembro 21, 2004
Uma graça antiga de cuidado, de preservamento, ou talvez até de perseverança. Não, ele não tem. Porque não vê beleza. Eu devia estudá-lo. Por que será tão difícil ver beleza?
Eu tenho uma caixinha onde guardo um monte de bilhetes, cartas, num sei quês desses que a gente vai recebendo na vida e sente se desfazer. Pois, eu tenho uma caixinha dessas. É isso, eu tenho.
E se você fecha o olho, menina, ainda dança.
Eu tenho uma caixinha onde guardo um monte de bilhetes, cartas, num sei quês desses que a gente vai recebendo na vida e sente se desfazer. Pois, eu tenho uma caixinha dessas. É isso, eu tenho.
E se você fecha o olho, menina, ainda dança.
domingo, setembro 12, 2004
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido
A moça é capaz de se aborrecer
Por trás de um homem triste
Há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher
Mil homens, sempre tão gentis
Por isso, para o seu bem
Ou tire ela da cabeça
Ou mereça a moça que você tem
Acabar não entendem porque todas as mulheres do mundo amam esse homem.
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas, o samba tá quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido
A moça é capaz de se aborrecer
Por trás de um homem triste
Há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher
Mil homens, sempre tão gentis
Por isso, para o seu bem
Ou tire ela da cabeça
Ou mereça a moça que você tem
Acabar não entendem porque todas as mulheres do mundo amam esse homem.
sexta-feira, setembro 10, 2004
O que eu quero não está nesta cidade.
Neste país.
No além-mar.
O que eu quero não participa dos vulcões,
da fúria dos ventos,
da volúpia das marés.
Não está sob os escombros. Não está no céu.
O que é o céu? Uma parte?
Um estado?
(Nunca estaria lá
por não haver um que o seja.)
O que eu busco não está em órbita,
não se faz na presença do oxigênio,
não se dissipa.
Não salta com os cavalos,
não pende à violência do machado.
Não excrementa, não ouve,
não pulsa.
Não tilinta quando em cordas
dependurado.
Não sai - invisível - quando o arco toca a corda
e arrasta.
Não está embaixo da unha,
rôo e não está.
Não se perde no gozo,
no suor.
(Não tem nem mesmo sexo)
Não aparece na tinta azul,
na escarlate.
Não tem marca, envelope de cheque,
conta em banco.
Não se fecha com botão,
nem se abre. Em.
Não se arranca cutícula.
Não precisa de lentes.
Não diverge. Não subordina.
Não objetiva.
Não é esferográfico, dramatúrgico,
Lilás.
Não faz melodrama, não é eterno,
não apaga cigarros.
Não está embalado em furtacores,
não dança nem tango.
Não sai em revistas,
não é de vidro nem renda.
Nem é metafísico, ou retrato.
Neste país.
No além-mar.
O que eu quero não participa dos vulcões,
da fúria dos ventos,
da volúpia das marés.
Não está sob os escombros. Não está no céu.
O que é o céu? Uma parte?
Um estado?
(Nunca estaria lá
por não haver um que o seja.)
O que eu busco não está em órbita,
não se faz na presença do oxigênio,
não se dissipa.
Não salta com os cavalos,
não pende à violência do machado.
Não excrementa, não ouve,
não pulsa.
Não tilinta quando em cordas
dependurado.
Não sai - invisível - quando o arco toca a corda
e arrasta.
Não está embaixo da unha,
rôo e não está.
Não se perde no gozo,
no suor.
(Não tem nem mesmo sexo)
Não aparece na tinta azul,
na escarlate.
Não tem marca, envelope de cheque,
conta em banco.
Não se fecha com botão,
nem se abre. Em.
Não se arranca cutícula.
Não precisa de lentes.
Não diverge. Não subordina.
Não objetiva.
Não é esferográfico, dramatúrgico,
Lilás.
Não faz melodrama, não é eterno,
não apaga cigarros.
Não está embalado em furtacores,
não dança nem tango.
Não sai em revistas,
não é de vidro nem renda.
Nem é metafísico, ou retrato.
quarta-feira, setembro 08, 2004
Quem tem Clarice Lispector na alma acostuma-se a inventar. A não ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Bufo!
P.S.: tem hora que essa menina parece uma bigorna caindo do 57o andar.
Bufo!
P.S.: tem hora que essa menina parece uma bigorna caindo do 57o andar.
domingo, setembro 05, 2004
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