quarta-feira, fevereiro 10, 2016
Carta intáctil nº4
Dói porque dói. Dói porque estou viva e porque quis. Dói, mas já atravesso a dor em resignado silêncio.
Afinal nos compreendemos/
Já não sofro, já não brilhas/
Somos uma mesma coisa/
Uma coisa tão diversa/
Da que pensava que fôssemos.
sexta-feira, fevereiro 05, 2016
Carta intáctil nº 3
Ontem quis lembrar tudo. Vasculhei meu corpo todo, ele até tremia. Lembrei tanto, de tanto tudo, que fiquei tonta, enjoada, depois bêbada. Lembrei tanto que gastei toda a lembrança. Então entendi tudo. E fiquei livre também. É impossível aprender-se cativo da memória.
segunda-feira, fevereiro 01, 2016
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