Sonhos sonhos são. Ou não.
Meus sonhos andam cheios de sombras. Há uma que dá a volta em minha casa - uma outra, em construção, mas que reconheço mais como minha que a em que vivo -, sempre que apareço, e só lhe posso ver os pés. Tem outra que aparece atrás de uma janela de vidros embaçados, que é só luz, sombra e movimento, mas está lá mais do que qualquer outra coisa. Alguns agouros, vozes que me sussuram absurdos, mãos sem dono no meu ombro, cabeça, mão, olho assustada e é só mão, sem dono. E estou sempre andando incessantemente, de um lado para o outro, sem rumo, feliz, mas em círculos, em torno de mim mesma, até topar em outra sombra.
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