é uma coisa que só entende quem vive em lugar em que não chove. essa fúria de libertação da água, cheia de gozo em estar-se derramando. que extasia a si e o outro, sem nostalgia, mas uma preguiça morna, um distender de braço fatigado do movimento. de bomba, de sucção, de galope, de cortar cana. na porta do sono, uma gota escorrendo suor e lágrima, um hálito vaporoso respirando em minha boca.
2 comentários:
tá quente aqui.
e lindo.
A chuva é a nossa epifania.
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