quando os tempos são tão ásperos, duros, tesos, quando a vida chama pra parede, pro dó de si, pro e aí cabôca?, pro devoramento, quando a gente pára no meio do cruzamento de cem ruas, eu sempre penso no tapete do Aladdin.
quando o mundo tange, quando a hora range, quando os dias rosnam e mostram os dentes, quando os jardins despencam e as flores todas despetalam, quando caio sem querer na areia movediça sem direito a Münchausen, eu sempre penso no barco de Simbad.
E quando penso em todas as fadas desaladas, príncipes desencantados, nos sapos mal intencionados, nos nomes que arrepiam e ferem, nos reis e rainhas destronados e nas deusas desempedestadas, eu sonho cruzar as osferas.
Ou Greenwich.
3 comentários:
o tapete do aladin é uma ótima!
gostei muuuuito desse texto! escreve muito, tu, querida!
=***
conheço mais príncipes que viraram sapos que o contrário.
[greenwich é um nugar neutro no tempo; quase como a suíça]
beijos, lella.
greenwich é lugar pra cruzar.
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