hoje não deu pra entender. Teu dia passou sem mística. Sem dragão, sem armadura. Te devo uma garra, santo, eu sei. Te devo uma asa. Domingo percebi que você não é como os outros, tinha até que te perguntar: onde é o seu altar? Por que não tem na casa do Senhor lugar para um cavaleiro corajoso como você?
Eu sei o que você acha, cavaleiro, mas é que aqui, você não lembra?, aqui a gente cala. Nenhum homem tem o que dizer a outro homem. E o mundo é enganador.
Ontem fui comprar pão na padaria em frente a praça. Queria que você visse, Jorge, que beleza é a brincadeira das crianças. Fiquei achando que felicidade mesmo é uma bicicleta. Uma bicicleta e uma bola. E poder não saber de nada sem ser cobrado decisão, postura e destreza. É, melhor, felicidade é poder não saber de nada da vida.
Pois é isso, meu santo, queria só contar como estão as coisas. Vão bem, estranhamente bem. É bom de vez em quando não precisar de você.
até o próximo, que é meu e seu:
Mirella
Um comentário:
e meu?
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