Setembro chegou com fogo nos olhos.
Batendo estaca, varrendo o ano com
a cauda. E ainda é só um tempo, um
grave espaço entre dois membros,
dois nomes, dois ponteiros. Setembro
é o que existe entre minha cabeça
e meu pé. Entre onde subo e onde desço
do ônibus. É o que me espera
na estação: nenhuma tarde vazia.
Setembro é o que existe entre
quaisquer dois pontos do universo
e não compreende uma tarde vazia.
Um comentário:
belo texto para o dia 3.
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