You did not break me
I'm still fighting for peace.
Revi as fotos que você tirou de mim, meus olhos parecem sinceros. Então não fui eu quem nunca esteve ali e a verdade aparece simples e sutil: eu passaria as piores coisas com você, por você, eu jamais te abandonaria. Foi uma exaustão e uma liberdade. Não fui eu quem deixou de amar, não fui eu quem torceu os fatos, quem silenciou as demandas, não fui eu. Refiz a amizade com o meu peito: eu sei amar. De meus olhos saíam um raio bonito e hoje sei que é porque você olhava para mim. Revi suas fotos, seu raio voltava para o seu dentro, você sempre esteve dentro de si, talvez pouco te importava se eu te olhasse. De seu olhar saia seu próprio nome e do meu um ser desarmado, ainda que já não mostrasse os dentes ao sorrir. Às vezes me pergunto, desde quando meus dentes se ausentaram de meu sorriso? Quando começou? Sei que agora voltaram, agora partidos, agora amarelos, agora já no fim da festa bêbados sujos e cansados, voltaram, e dançam, meio perdidos, mas dançam com a leveza com que dançavam quando criança, quando através da lente da máquina fotográfica eu via meu pai, meus colegas da faculdade, a Bia, a Ana Paula ou a Samara. Mas, veja, dançam ainda dentro de um aquário, dentro de uma fortaleza, por trás da lente que separa a verdade da memória e encaram teimosos o espetáculo da resiliência. Já não nego a dor porque entendi que não há do que ter vergonha, não fui eu, eu estava lá.
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