Te tenho todo
e te tenho que
deixar.
Escolho um banco
de estação
de trem
do ano.
Te deixo no outono
interminável
uns pedaços de pão
pros pombos
para João
que talvez ainda venha
este ano.
Solto um agudo
o vagão se desprende
um trem que não sai
então te reconheço:
todo esse tempo
- você me diz -
e não faz mais que uma madrugada
que tento conciliar
você e o sono.
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