sábado, janeiro 30, 2010

Ele tinha uns olhos azuis como os de T.J. Eckleburg. Um dia me disse que minha vida inteira mudaria a cada sete anos, mas não confiei. Achava à época que sete anos era mesmo uma vida e que não haveria com o que me preocupar. Qualquer mudança em sete anos seria pelo menos natural. Mas não é. Sete anos não são nada, absolutamente nada, e aquilo foi uma profecia. Ou uma praga rogada.

Paciência.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Quando cheguei, já passando das nove, ainda havia um resto de meia lua no céu. O muro enegrecido pela chuva, muito maior do que sempre foi, acompanhou-me em solene silêncio, concordando que, apesar de tudo, aquela lua deixava a manhã mais bela.