terça-feira, janeiro 30, 2007

Quando eu atravessava aquela rua morria de medo de ver o teu sorriso e começar um velho sonho bom. E o sonho fatalmente viraria pesadelo, ali, bem mesmo em frente

- Vamos entrar?

- Não tenho tempo..

- O que é que houve?

- O que é que há?

- O que é que houve, meu amor, você cortou os seus cabelos?

- Foi a tesoura do desejo, desejo mesmo de mudar.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

A partir do dia 12 de fevereiro, início da semana pré-carnavalesca, a Prefeitura do Recife coloca o bloco na rua e dá início à programação do Carnaval Multicultural do Recife 2007. Este ano, a folia de Momo faz uma grande comemoração ao Frevo que completa seus 100 anos. Durante todos os dias do Carnaval, o ritmo que é a cara do povo será reverenciado por vários artistas e agremiações carnavalescas, em mais de 40 pólos de folia.

O Carnaval Multicultural do Recife continua se espalhando por todos os cantos da cidade, levando a resistência e a força da tradição e da cultura popular a 16 pólos oficiais e mais 28 comunitários, que recebem todo o apoio necessário da Prefeitura. Oito pólos estão localizados no centro: Recife Multicultural (Marco Zero), das Fantasias e Carnaval Infantil (Praça do Arsenal), Pólo Mangue (Cais da Alfândega), de Todos os Frevos (Av. Guararapes), das Agremiações (que este ano migra da Av. Dantas Barreto para a Av. Nossa Senhora do Carmo), de Todos os Ritmos, Pátio de São Pedro, Afro (Pátio do Terço), das Tradições. Outros oitos estão espalhados em bairros distintos, por Região Político-Administrativa (RPA): Chão de Estrelas, Casa Amarela, Nova Descoberta, Alto José do Pinho, Jardim São Paulo, Santo Amaro, Várzea e Ibura.

A programação é composta em 90% por atrações pernambucanas: agremiações carnavalescas, orquestras de frevo e nomes como Lenine, Silvério Pessoa, Alceu Valença, Antônio Nóbrega, Lia de Itamaracá, Selma do Coco, Coco Raízes de Arcoverde, Cordel do Fogo Encantado, Eddie, Mundo Livre, Ortinho, Otto, Edy Carlos, Claudionor Germano, Spok Frevo Orquestra, Geraldo Maia, Belo Xis, Ramos Silva, Alcimar monteiro, Andé Rio, Nando Cordel, Veio Mangaba, Mestre Salustiano e muitas outras. Como de costume, a cidade traz convidados de fora do estado para uma interação com o Carnaval recifense. São eles: Maria Bethânia, Gal Costa, Chico César, Paulinho Moska, Thalma de Freitas, Pitty, Fundo de Quintal, Monobloco, Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Negra Li, Zélia Duncan, Marcelo D2, Tom Zé e Isca e Polícia.


e eu com bobagem de ficar triste.

bora, Mirella, como diz a Luana: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

baladinha

[e se não tivesse o amor?]

eu sei que você não está nesse lugar
ou então meu coração quebrou.
vou me usar das minhas qualidades de resignificar

àquele teu lugar
vou levar outra dindi
e um mozim
pra gente coçar o bucho quando chegar.

fazer o que deveria,
os esquemas kamikases
a refazença

que minha carne é de carnaval
meu coração (dilacerado)
é igual
e o tempo vai passar.

e se você estiver mesmo com quem diz
e meu coração estiver é doido e atordoado
então é que ele precisa realmente
tocar tambor sozinho
para tentar ser feliz.

[e se não tivesse o sofrer?]
São Jorge,

Se gosta é de trabalho, avise logo. Não é por faltarem que lhe poupo serviço. Não precisa me vir com mais peças pregadas.

hoje estou injuriada,

passar bem.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Les temps sont durs pour les rêveurs.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Jorge,

hoje não faça nada.
só toque.
para deus
para os santos
para as crianças
para os anjos
para aquele amigo do coração
para o bem
para a alegria
para o homem
para um gol
para a sensualidade
para a lua e para o sol
para a chuva e para o vento
para o acontecimento do nascimento de uma criança
dessa esperança
desse amor
dessa bonança
com 23 tambores
para seus 23 amores
com mais 23 batuqueiros
em 23 terreiros


que eu vou atrás.

domingo, janeiro 21, 2007

Rápido e Rasteiro

Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar

Aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida.

(copiado da caixinha vermelha dela)

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Foi-se o tempo que o samba tinha tempo (e jeito) pra sambar.
Pegaram o bicho pra maratonista, pra artista de festival, pra apostador da bolsa, pegaram ele para alguma coisa que não sei dizer, mas que agora, esbaforido, de língua pra fora, olhando fotos amareladas de cabrochas mesmo mulatas voluntariosas e safadas, verdadeiras, e sambistas intimistas amorosos rindo os dentes brancos por dentro da pele suada de samba, porque era pra ele, só pra ele aquela magia toda, pra mais ninguém, e, agora, quando ele olha aquelas fotos amareladas, quase sente que seu lugar não é mais na avenida.
Que parece que perdeu o passo de dançar de pé entrelaçado, malandro, leve e quieto, a reverência bonita de tirar o chapéu, sabe mais nem do chapéu, aquele de fita com lantejoulas que escondia seus olhos da luz dos holofotes.
Porque importante eram seus dentes, seu sorriso, o brilho da fita de seu chapéu, seu pé entrelaçado e sua mulata.

O resto, era enfeite de carnaval.

terça-feira, janeiro 16, 2007

sempre assim, futuro inteiro.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

...

abandona o palco agora
faça como fez Sinatra:
compra um carro e vai embora.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Penitente e doloso
Pode ser o sumo de um instante.
Pode ser tu-outro pretendido, teu adeus, tua sorte.
Fêmea-rapaz, ISSO sem nome pode ser um todo
Que só se ajusta ao Nunca. Ao Nunca Mais.

O Nunca Mais não é verdade.
Há ilusões e assomos, há repentes
De perpetuar a Duração.
O Nunca Mais é só meia-verdade
Como se antevisses a ave entre a folhagem
E ao mesmo tempo não.
(E antevisses
Contentamento e morte na paisagem).

O Nunca Mais é de planície e fendas.
É de abismos e arroios.
É de perpetuidade que pensas efêmero
E breve e pequenino
No que sentes eterno.

Nem é corvo ou poema o Nunca Mais.

Tem nome veemente. O Nunca Mais tem fome.
De formosura, desgosto, ri
E chora. Um tigre passeia o Nunca Mais
Sobre as paredes do gozo. Um tigre te persegue.
E perseguido, és novo, devastado e outro.
Pensas comicidade no que é breve: paixão?
Há de se diluir. Molhaduras lençóis
E de fartar-se,
O nojo. Mas não. Atado à tua própria envoltura
Manchado de quimeras, passeia teu costado.

O Nunca Mais é a fera.



(H.H, Cantares)

domingo, janeiro 07, 2007


minha carne é de carnaval.
meu coração é igual.