segunda-feira, janeiro 30, 2006

memorex

eu ainda preciso pagar o taxista.

domingo, janeiro 29, 2006

Eu, que preciso de uma semana inteira, mal tenho uma péssima quarta-feira.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

- é que toda vez que eu falho numa promessa que eu tenha feito para mim mesma é só para eu me fuder.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

- menina, é o seguinte, faz de conta que é uma piscina, respira fundo, fecha o olho e vai.

aindá dá?

Resoluções de 2006:

- pagar o taxista.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

mirella a partir de hoje é uma pessoa mais zen.
disposta a só coisas que valham a pena.
o negócio é saber quais são essas coisas.

mirella a partir de hoje é uma pessoa que se importa em parecer mais bonita.
e consequentemente menos cansada, com menos dermatites e com peitos de aço.
o negócio é se segurar nas recaidas.

mirella a partir de hoje é uma pessoa que tem um objetivo.
e por mais doloroso, difícil e ruim. e por mais que eu perca por causa disso alguma coisa, eu quero é isso.
e tenho dito e pronto.

terça-feira, janeiro 17, 2006

E segundo o jornal mineiro O Tempo, o planeta terra acabará em 1º de junho de 2014 às 9h15min.


O que pode ser pior?

Temos algumas possibilidades:

1. É verdade e a gente não acredita e ele acaba mesmo.
2. É verdade e a gente acredita e ele acaba mesmo.
3. Não é verdade e a gente acredita e ele não acaba mesmo.
4. Não é verdade e a gente não acredita e fica tudo assim do mesmo jeito.


Façamos as contas: É melhor juntar uma grana e conhecer logo a Turquia. Porque em qualquer das possibilidades tem uma Tsunami se encaminhando para lá.
Descobri uma avenida estranha e bonita na minha cidade. Escolhi dela uma casa, a de número 4339. Abandonada. Vizinha de mais duas desajeitadas. Os ônibus passam voando quase dentro delas. Porque essa avenida é bonita mas é feia também, é grande e estreita para o tamanho que deveria lhe caber, assim, tudo junto, como algumas coisas conseguem ser.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

- Não.

Porque é assim que começam todas as histórias?

- É que...

E continua, sempre, desnegando as coisas.

Busca uma forma, uma composição quem procura vênus no céu e fica em dúvida, quase sempre, entre aquelas duas estrelas que anoitecem antes das outras.

A mesma coisa sobre quem vê em nuvens elefantes, anões, navios. É uma arte essa de dar forma às nuvens. E, ao contrário do que costumam dizer, não passa com o tempo. Muda, mas não passa.

O que passa, estática, é a imagem na meia janela do ônibus que fede a pressa.

Eu pensava essas coisas enquanto voltava para casa. E em muitas outras: eu não consigo acompanhar o fluxo das associações de meus devaneios tolos. Devo ter refletido um pouco mais sobre a minha infãncia e os níveis de poluição entre a nuvem-elefante e a ladainha rachada do sacolejo do coletivo. Mas creio nenhuma delas ter alguma importância agora.

O ônibus é uma cidade confinada.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Bem cansada. Dias meio frenéticos. Tipicamente contemporâneos. Tudo demais. Bem desconfiada de que as pessoas deveriam querer menos coisas. Eu, por exemplo, me contentaria com mais tempo livre útil. Sempre fico assim quando me aproximo das possibilidades. E tenho muito é esperança nas coisas, mesmo que já tenha perdido nas pessoas.

E saia daqui Sr. Banzo, que eu nunca me alegrei com a sua companhia.

domingo, janeiro 08, 2006

E o deles foi de longe léguas ao quadrado pelo avesso e saltitante o mais lindo que acho que irei em toda a minha vida.

sábado, janeiro 07, 2006

Reflexões Capricornianas

Eu não gosto de canelau. Tem canelau de todo jeito, louro(a), preto(a), moreno(a), ruivo(a), rico(a), probre, mazela, chique, careca, cabeludo(a), magro(a), gordo(a), bonito(a), feio(a), estiloso(a), esculhambado(a), em todos os países reais e nos do imaginário (em qualquer imaginário), tem canelau canelau mesmo, com todas as letras bem escritas e bem ditas, e tem aqueles canelaus mais sutis que você só percebe quando observa um pouco mais. Canelau é um bicho assim que nem formiga, ou barata, que é capaz de sobreviver a uma bomba atômica. Tem canelau que é até quieto, mas a maioria é de um espalhafato tipicamente canelau, ainda que este apenas se manifeste nos momentos de mais entrega e arrebatamento, sim, porque canelaus também podem ser tímidos. A canelalidade é, enfim, uma cultura e não uma característica. Alguns até bom gosto têm, algumas vezes, o que não os livra do estigma canelau de ser. E tem também as coisas canelais, mas essas eu vou deixar para uma outra vez.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Da contemporaneidade eu só sei é que ela não tem um pingo de charme.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Porque o primeiro dia do ano também serve para declarações de amor.

Eu tenho uma Luana
Se bem que ela é mais Lua que Luana.
Então, posso concluir que eu tenho uma Lua.
Lua é assim: um ponto luminoso no meio da escuridão.
Mas não um pontinho assim bem pequenininho demais.
Na verdade a Lua é um pontão.
E quando a gente tem um pontão que ilumina o nosso céu inteiro é bem difícil querer muito mais.
A não ser que seja um querer mais a Lua.
2006 começou me testando quase acima do suportável e ultrapassando o limite do possível.

E o bom foi que eu consegui.