quarta-feira, julho 31, 2002

tem alguma coisa a ver com jogo de forças. eu que sou fraca e tento de toda forma. tem alguma coisa a ver com falta-ausencia-presença-insistência. tem a ver com pai, mãe, cama, cachorro, sol. tem a ver com maio, ou talvez novembro. tem a ver com a mesma coisa. tem a ver comigo mesma, mas eu não quero. tem a ver aí com um monte e eu não quero mais ficar pensando.
Deixa só eu fazer 21... ou será que a partir de 18... bem, bom, enfim... hehehe

qualquer outro lugar ao sol, outro lugar ao sul. qualquer outro lugar comum, outro lugar qualquer...
E mais uma vez, dessa vez de tudo, não só daqui...

Vamos fugir desse lugar, babe, vamos fugir... Pronde haja um tobogã onde a gente escorregue, uma banda de maçã e uma banda de reggae... AHHHHH!!! Acho que já sei pra onde eu vou... hehe!
Bem, uma grande droga pra contar... Eu vou passar ainda mais uma semana aqui no estágio. Droga!!! Queria pelo menos umas duas semanas de férias... Mas não consigo dizer não às coisas pedidas educadamente e com jeito. Bom, enfim, sou mesmo uma trouxa-coração mole-de merda, mas o que eu posso fazer? Droga! Droga! Droga!

Por favor!!! Me ajudem a sair daqui! Quem estiver a fim de estágio mande o curriculum para esse e-mail: tracoecor@tracoecor.com.br. Ah! alunos de "publicidade" e residentes em Fortaleza...
Tah, tah... Seja lá o que Deus quiser, ou, qualquer que esta lista me acarrete...

Yo Blog!

Garoto Juca Jr.
Gabriel Ramalho
Um dia chega
Momento num café
Pic-céu

pelo menos são os que leio desde sempre, todos os dias.
Boa Noite para mim. Boa Noite para mim. E Boa Noite para mim. Só assim eu me convenço.

terça-feira, julho 30, 2002

Entretanto você caminha
"melancólica" e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor nom escuro, não, no claro,
é sempre triste, "minha filha", "Carla",
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
O amor, "Carla", você é telúrica,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê
"Carla", sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é "quinta"
e "sexta-feira" ninguém sabe
o que será

segunda-feira, julho 29, 2002

Sabe de uma coisa: FODAM-SE TODOS!!! UM POR UM! CADA QUAL MAIS, MAIOR E MELHOR QUE O OUTRO.
Foi muita coisa. Foi muito plano. Foi muito bom. Foi branco. Solto. Acho que solto até demais. Foi sem traumas. Sem desesperos. Sem tristezas. Foi perto o tempo todo. O tempo que tinha de ser. Foi iogurte de morango. Foi asa. Foi de verdade demais. Foi são. Foi par. Foi um trato. Foi acaso. Foi cuidado. Nem parece, mas foi. Sem soluços. Incondicional. Modelado. Era tudo. Foi único. Foi medroso. Um medo bom de ter. Foi ciano. Delicado. Cheio de dentes. Cheio de bom orgulho. Foi praça. Foi célula. Foi caixinha de música. Foi língua no lábio seco. Foi o tempo. Foi cedo demais.
- Tudo bem?
- Em que sentido?
- Como vai?
- Por que a pergunta?
- Quanto tempo?!
- Duas e quinze!
- Adeus!
- Ao Diabo!
"Eu vou tirar você de letra
Nem que eu tenha que inventar outra gramática"
Quanto tempo
Mina d'água do meu canto
Manso
Piano e Voz
Vento
Campo
Dentro
Antro
Onde reside o lamento
Preto
Da minha voz
Tanto
Tempo
Como nunca mais, eu penso
Como um samba de adeus
Com que jeito acenar
O meu lenço
Branco
Quanto tempo
Pode durar um espanto
Onde lançar a voz
Tempo
Tanto

CBH

domingo, julho 28, 2002

bate coração
bate sem parar
aqui não posso ter demora
eu vou embora e você vai ficar

nosso amô é um dilúve
que vôa nas nuve acima do mar
Eu hoje fui à festa na casa do Bolinha
Confesso não gostei dos modos da Glorinha
Toda assanhada, nunca vi igual
Trocava mil beijocas com raposo no quintal

Porém pouco durou aquela paixão
Pois Bolinha com ciúmes formou a confusão
Aninha tropeçou e os copos derrubou
E a casa do Bolinha do inferno se tornou

Bolinha provou que é ciumento pra chuchu
E que não gosta da Lulu
Tolinha, que por ele ainda chora
Com tanto pão dando bola no salão
Luluzinha foi gostar logo do Bolão...

sexta-feira, julho 26, 2002

não. eu não sou uma pessoa que diz uma coisa e faz outra completamente diferente. não, não, não, eu não sou uma pessoa que crio regras e nao as sigo. não, eu não compactuo com atitudes estranhas. não, não. eu não sou uma coisa em determinados momentos e em outros uma outra coisa completamente diferente. não, eu não tenho necessidade de falar coisas que não são. não, eu não sou somente confusa, atrapalhada e indecisa. eu sou uma pessoa normal, com virtudes e defeitos normais, com dúvidas normais, com comportamentos normais. errados, feios, desnecessários, mas normais.

quinta-feira, julho 25, 2002

No. Nós não temos Fotos feias.
No. Nós não temos Playboyzinhos.
No. Nós não temos arsenal de segurança.
saí em uma lista estranha, underground e obscura...
Ai, sim! Esqueci de dizer... JumentaParida é foda.
Ontem foi engraçado. Conhecer blogueiros sem ser em encontros de blogueiros. Enfim, despreparadamente e apresentada como "Mirella Ecletiquices" por ele, conheci o Germano (e não se preocupe Germano, você não foi o único a ficar encabulado) e o Rapha Ponto G. Reencontrei o danado do Piuí e a namorada lindinha que ele tem. Ah! Sem falar no Gábs e na lôra baitola. bom, foi mais produtivo que o Enbloce.
Como diria meu irmão, foi Bacana.

quarta-feira, julho 24, 2002

HorósCopo do Mução



O técnico em computação Pekim da Lapa, o soldador de cano Sanoca Gates e o leiteiro Frank Sinatra São de CAPRICÓRNIO.

Palavra-chave: terrina.
A frase do dia: Se eu te abaicasse detrás daquele pé de caju, nós fazia duas castanha...
Uma comida light: farofa de lagartixa aromatizada.
Um jeito de ser: Ricardinho da seleção, um autêntico Ricardão em matéria de Emerson.
Exemplo a ser seguido: um jumento de lote na frente duma igreja.
Número pra hoje: 4 a 0 e um juiz a nosso favor.
Sua cor é...: vermelho sonho de valsa.
Elemento: quiabo cru.
E LEMBRE-SE: Quem compra um carro importado está realizando o sonho de ter automóvel lá de fora. E TEM MAIS: A falta de inteligência atinge até o fígado direito.
ei! tem alguém procurando por monografa contos de fadas. esse tema jah eh meu! eu já estou fazendo disso! é meu! é meu! mas se eu conheço vc, por favor se identifique...

terça-feira, julho 23, 2002

mas vai ser impossível não lembrar
vou estar em tudo o que vc tem
nos seus livros
nos seus discos
vou entrar na rua roupa
e onde voce menos esperar eu vou estar
as pessoas entram no meu blog procurando por coisas tão bonitinhas... que maravilha que coisa linda, pizza com guaraná, vou me embora para pasárgada, que escorre do corpo andrógino, vou abraçando você, tabelinha de hífens (nao tem, meu amor, era exatamente isso que eu estava dizendo aqui, eu nao sei usar hífens), ela só quer só pensa em namorar, olha! por ecletiquices mesmo, que legal!!!, wblogar (só eu mesmo pra errar o nome do programa..), poema da ternura... é vai ver que o meu bologue deve ser mei bonitim... : )
Estou Tristinha!
dentro de 5 meses exatamente estarei com meus 21 aninhos...
menina dos olhos d'agua tire seus olhos do mar, vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra te dar.
as pessoas levam nomes à sério demais

segunda-feira, julho 22, 2002

e gosto do carinho dos meus amigos...



Eu gosto

gosto a colcha da cama bem esticada e de dormir com o lençol passado e meio dobrado e com os pés de fora. gosto quando calço os sapatos e eles estão frios. gosto de comer só o miolo da melancia. gosto da porta do quarto fechada. gosto de lamber os dedos. gosto de cheiro de gasolina, álcool e limpa-vidros. gosto de tentar dar aos dedos dos pés as mesmas funções dos dedos das mãos. gosto de fazer bolhas de saliva usando a cavidade embaixo da língua. gosto de tirar os pêlos da perna com pinça de sobrancelha. gosto de morder a parte de dentro da bochecha. gosto de arrancar um por um os fios do meu cabelo. gosto de espirrar. gosto de tomar banho de chuva na rua, indo ou voltando dos lugares. gosto de me enterrar na areia da praia. gosto de comer apenas requeijão, sem torrada. gosto de guardar segredos em gavetas. gosto de dispor apenas uma camisa em cada cruzeta. gosto de limpar o vidro do carro com aquela aguinha que sai de dentro do carro, mesmo que já esteja limpo. gosto de dar uma mordida no sanduíche dos outros, mesmo que seja do mesmo sabor que o meu. gosto de escrever na primeira linha do caderno. gosto de ficar passando a mão no cabelo quando acaba de cortar. gosto de riscar só para apagar com borracha branca (daquelas que tem a capinha verde). gosto de dormir com travesseiro. gosto de deixar a televisão em um canal só. gosto de conversar com estranhos. gosto de usar o guardanapo uma vez só. gosto da dorzinha do alongamento. gosto de dormir de trança. gosto de deixar a carne por último. E gosto de muito mais coisas e de algumas dessas coisas mais que das outras.
Não é isso que é um blog? Pois que seja. Não estou nem aí. Nem aí mesmo...

sábado, julho 20, 2002

pápápápá pá pápá
pápápápá pá pápá
pá pá pá
pá pá pá pá páááá
pápápápá pá pá pá...


credo... que horrível essa música...
quem me vê sempre parado distante, garante que não sei sambar. Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar. Eu vejo as pernas de louça da moça que passa e não posso pegar. Há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá. E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar. E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar. Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar. eu tenho tanta alegria adiada, abafada, querm dera gritar. Tô me guardando pra quando o carnaval chegar.

sexta-feira, julho 19, 2002

e não importa o que você dissesse, que seria desmentido. Vão falar que você usa drogas e diz coisas sem sentido.
e me olha pela janela. e o que ele quer? ele vê sinais no céu. e ele vê as estrelas que saem. e ele vê a cidade em trapos. e ele vê o caminho do mar. e tudo isso foi feito pra mim e vc. tudo isso foi feito pra mim e você. simplesmente pertence a mim e você. entao vamos olhar e vê o que é bom. cantando lá lá lá lá lálálálá lá lá lá lá lálálálá.

quinta-feira, julho 18, 2002

Carol, adoro, tu. adoro mesmo. Brigado pelo pesente lá no momento.
adoro dar nome às coisas
: )

quarta-feira, julho 17, 2002

O toque vai no crescente, toca-se muito, toca-se mais ou menos, não se toca.

terça-feira, julho 16, 2002

e sonhos não envelhecem...
E vou parar de ficar comentando o blog das outras pessoas e tentando estabelecer relações. Das duas uma, ou cansa, ou dá muito status. E também não quero que, sei lá, de repente, alguém por aí fique achando que é uma indireta. Não, não é. Este abuso todo vem de faz é tempo. Só que a última gota acabou de pingar nesse instante.
abusada, enfadada, desmotivada, desestimulada, indisposta, feia, gorda, deselegante, cheia de espinhas, com o corpo dolorido, com a cabeça doendo, com os ouvidos pedindo férias.
O problema dos outros é problema meu sim, e daí? E daí se eu tomo todos os problemas da humanidade como se fossem meus, como se eu pudesse resolvê-los. O que é que tem? As rugas não serão minhas, o enfarto não será meu, as incompreensões posteriores não vão cair sobre mim mesmo? Saco de mundinho individualista e euperficial que eu vivo.

segunda-feira, julho 15, 2002

quem mais poderia fazer uma coisa assim? Ninguém. só ele mesmo...
Amo tanto e de tanto amar
Em Manágua temos um chico
Já pensamos em nos casar
Em Porto Rico
Suas pernas vão me enroscar
Num balé esquisito
Seus dois olhos vão se encontrar
No infinito
Amo tanto e de tanto amar
Acho que ela acredita
Tem um olho a pestanejar
E outro me fita
É na soma do seu olhar
Que eu vou me conhecer inteiro
Se nasci pra enfrentar o mar
Ou faroleiro
Ela pode rodopiar
E mudar de figura
A paloma do seu mirar
Virar miúra
Se seus olhos eu for cantar
Um seu olho me atura
E outro olho vai desmanchar
Toda a pintura
A metade do seu olhar
Está chamando pra luta, aflita
E metade quer madrugar
Na bodeguita
Tem um olho que não está
Meus olhares evita
E outro olho a me arregalar
Sua pepita
Amo tanto e de tanto amar
Acho que ela é bonita
Tem um olho sempre a boiar
E outro que agita
Ei, alguém sabe onde eu posso alugar filmes trash? Mas bons filmes trash e nada de pornô. Ah! Em Fortaleza, é claro... pode ser também algum endereço que eu possa fazer download...
Agora passou uma ambulância lá embaixo. Nunca tinha ouvido elas passarem por aqui, apesar de o Hospital Batista ser aqui bem pertinho.
hoje o arcondicionado da minha sala quebrou. Está tão bom. Sexta-feira passada eu vinha pensando que as pessoas que trabalham de manhã em salas com arconsicionado não sentem mais o dia. Não sabem que temperatura o vento (ou o mormaço) tem, não sabem a cor do sol, não sentem o calor. Pelo menos aqui na minha cidade é bom o tempo de manhã. Ainda é saudável o ar que respiramos. E por mais que façam barulho os carros lá embaixo, não é muito pior que o trrrereremmmm trerererrremmm incessante do arcondicionado. Por mais que faça um calorzinho de vez em quando ao parar de ventar, é melhor que o frio dolorido e perfurante, artificial, do arcondicionado, que resseca as narinas e lacrimeja os olhos. É bom a luz entrando com vagar na minha salinha verde. E eu só, a pensar nela.

domingo, julho 14, 2002

Melhor Definição de "pra quê fazer um blog": Talvez seja legal falar para desconhecidos que talvez nem estejam ligando para o que eu digo... (Piuí)
o passado é uma roupa que não nos serve mais...
outra coisa. Pessoal, nunca dirijam alcoolizados. Hoje, mesmo depois de dançar que só eu ia me acidentando por causa das cervejas que eu tomei... É sério, nunca dirijam se tiverem bebido.
Depois de 4 anos (eu diria até mais, 5 anos) sem pisar num pagode, hoje eu fui parar num desses bem brabos, de tocar até "Onda, onda. Olha a onda. plac! plac! Vou te pegar...". Bom, depois de três cervejas (é sou rapidinha) eu tava dançando era qualquer coisa. Ainda tô mais ou menos...

sábado, julho 13, 2002

caneta

posse de dedos
contorção, ginástica
da falange
oco mastro como
tubo-veia
desaguando em caractere
de cada
um:
a es-
crita
emblema
livros

na cabeçeira

tê-los olhar

perscrutar

mundo

ilhas fiji

marianne moore

ou crença do oriente

recamos em folha

folhas intensas

equimoses - letras

no branco


Carlos Augusto Lima

e por favor blogs que dialogs, não fiquem com raiva de mim, eu ainda dialogs com vcs, é que... Tô mei de banda esses dias, como dizia uma pessoa acolá "Sem penca nem enca". Não sei o que isso quer dizer (acho que nem a polêmica pessoa que fala isso), mas acho que estou assim.
ai, ai.. Essa Carol de Ana me confunde um bocado...
Estranho, leve, pesado, no tapete, cheio de músicas que não conheço. Nervoso, obsessivo, necessário, delicado e cuidadoso. Proibido, permitido, de longe, de perto e justificado. Com graça, sem jeito, silencioso, sorrindo, diferente. Parece outro, não parece comigo, não parece certo, não parece de verdade, parece dar certo. confuso, difuso, fuso, uso, só.

sexta-feira, julho 12, 2002

Meu medo é que nem na gangorra, quando tá lá embaixo quer parar e sair do brinquedo, quando tá lá em cima, parece que vão te deixar preso lá pra sempre.
esse é o último, eu prometo, mas é que eu adorei!!!



Eu sou o símbolo
do I-ching




que símbolo você
é?



SINISTRO!!!!
... sei não Carol, acho que no fundo, bem no fundo, eu queria era não sentir a saudade mesmo...
O mundo é escroto, feio, sujo e cheio de pessoas cheias de si.
Impressionada com a falta de gentileza neste mundo. Não sei nem se é bem gentileza a coisa que falta. Acho que falta é cuidado com o outro mesmo. Se importar com o outro. O pior é que eu sou toda trouxa pelas outras pessoas aí quando acontece um negócio como o que aconteceu comigo nesse instante eu fico sem entender como é que a pessoa consegue viver assim, como se fosse sozinho no mundo e o mundo inteiro fosse só para si.

Eu vinha com exatamente 5 livros de banco de imagem (cada um deve pesar uns 3 quilos) 4 cds, um folder, um relatório e duas folhas de caderno com as minhas anotações esperando para entrar no elevador, sonhando com a cadeirinha do ascensorista que nunca existiu aqui n prédio. Quando a porta abre tem uma mulher em pé na frente da cadeirinha. Do jeito que esta sujeita estava ela ficou, em pé, parada, escorada na parede do elevador, toda torta, mas não teve o cuidado de perceber (e se percebeu não teve coragem de sair) que eu precisava daquele apoio que ela estava jogando no lixo. Aliás, ela estava com a cara nos botões e não teve nem a gentileza de perguntar qual o meu andar, já que estava me impedindo de usar as mãos para poder apertar o botão. Eu quem tive que pedir “aperta o novo pra mim, por favor”. E o pior de tudo, não consegui nem ser ignorante na hora de pedir por favor. Tenho raiva de ser assim, tão trouxa.

Isso foi uma besteirinha de nada, mas – e exatamente por isso – prova o ponto que chegamos na indiferença com a outra pessoa. Se esta cidadã não é capaz nem de perceber que eu precisava dela naquele momento, precisava de uma coisinha tão besta, só que ela se afastasse um pouco, fico pensando que ela não consegue perceber muita coisa, não. Vai ver que o mundo é dela e eu não sei.
Queria não precisar dormir nunca. Queria não precisar de ninguém. Queria não precisar fazer coisas inúteis. Queria não precisar de dinheiro. Queria não precisar de lençóis. Queria não precisar do meu cachorro. Queria não precisar bater a porta bem forte de vez em quando. Queria não precisar ouvir as vozes dentro de mim. Queria não precisar ouvir as vozes de fora. Queria não precisar de chocolate. Queria não precisar de puxar meus cabelos e morder minha boca. Queria não precisar de falar no telefone por muitas horas. Queria não precisar de ficar tentando controlar o tempo (já que não há jeito mesmo). Queria não precisar do meu planetinha. Queria não precisar do meu carro. Queria não precisar de mudar de visual para mudar de estado de espírito. Queria não precisar de escrever. Queria não precisar de silêncio. Queria não precisar de desordem e de ordem. Queria não precisar de compulsividades. Queria não precisar discordar de todo mundo. Queria não precisar de contradizer as pessoas para que o que eu fale (faça, pense ou sinta) seja coerente. Queria não precisar de muitas coisas na minha vida. Talvez tenham razão. Talvez o que eu tenha é necessidade de facultar a vida. Ou necessidade de perguntação. E, mesmo que eu não entenda muito bem, de leveza e delicadeza.
Era bom se a saudade viajasse junto...

quinta-feira, julho 11, 2002

"Tem dias que a gente se sente
como quem partiu ou morreu
O tempo estancou de repente
ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
o nosso destino plantar
Mas eis que cheg a roda viva e carrega o destino pra lá"
"Contra-Mão


Tem saudade do que não conhece
E diz gostar do que viu apenas uma vez.
Ele fixa-se na minha risada,
Precisa me encontrar
Constrange meu espírito aflito
Que ainda não consegue divisar o desconhecido
Vê uma beleza que não é minha,
Aposta num sonho que não posso realizar,
Traz na pele os meus segredos




(Débora Bottcher)

quarta-feira, julho 10, 2002

Mas não tem não. O que tem é um monte de consensos que a gente toma conhecimento e vai usando indiscriminadamente. Vai tentando respeitar a si e aos outros do mesmo jeito. Mas é difícil se as regras são as mesmas. Quando as coisas vão de encontro de vez em quando. Fica difícil não ser incoerente e contraditório. Difícil ver boniteza nas coisas mesmo sabendo que tem - mesmo que em determinados momentos, esquecendo uma parte, se não tivesse alguma outra. Complicado saber se se gosta da coisa ou da forma da coisa. Acabamos ficando repetitivos e cansados de formar, de aceitar. Difícil de não transparecer - e de transparecer, então, imagina! E a coisa toda começa a peder o restinho do rumo que ainda tinha. E começam a achar tudo estranho demais, tudo diferente de antes. Mas é claro! Tudo está diferente de antes. Não sei como está, sei que diferente está.
Fico fazendo de conta que as coisas estão caminhando normalmente. Fico fazendo testes e falando coisinhas engraçadas. Que na realidade não são nada engraçadas. Fico fazendo de conta, sempre, que sou uma pessoa alegre, extrovertida e animada quando na verdade gostaria de ter lá meu planetinha - aquele que deveria ser só meu, que seria surgido no espaço no dia em que eu nascesse e desaparecesse no dia em que eu morresse - e não sair de lá nunca, pra nada. Porque na realidade sou uma pessoa melancólica, arredia, amarga, neurótica. Porque na realidade não há uma realidade assim, bruta, que seja só realidade, que não tenha nada de inventado. E porque na realidade - inventada ou não - eu invento mais do que vivo pareço viver esta tal invenção mais que todas as outras pessoas seriam capazes de viver as suas. Porque já - há muito - nem sei mais quando a coisa é ou se apenas estou tentando me convencer de que ela é. Porque ao ficar me justificando para mim mesma, justifico para o resto do mundo e isso parece bastar, ninguém lê mentes mesmo. Porque eu pensava que tinha controle a vida. Porque eu pensava que tinha lá uma receitinha - três colheres de chá de alegria, duas xícaras de amor, uma pitada de liberdade, unte a forma com paz e leve ao forno brando por uma vida sem esquecer de olhar quando estiver bom - e pronto estava feita a felicidade. Estava boa a vida e durante a vida inteira.
Eu tenhos uns amigos bem esquisitos. Daqueles que quando se vê não se desprega nem um segundo. Que quer bem. Muito bem. Que na hora em que você precisa pode contar com ele que ele estará lá. E estará mesmo, já houveram algumas provas disso. Mas também quando se some...

terça-feira, julho 09, 2002

bem, o fim eu não sei. Na história que a minha mãe me contava, o menino ia para casa pegar água, mas quando voltava a florzinha já havia morrido. "ele chorou muito, tanto, tanto que molhou todo o solo. Na outra primavera havia alí um jardim imenso e forte de flores azuis". Mas esse final eu não gosto. Para mim, não era o menino que devia levar o problema da florzinha nas costas.
Dessa vez a florzinha chorou. De tristeza e de dor, pois sabia que não teria mais muito tempo. Estava muito fraca e o sol lhe doía nas pétalas. Por fim deitou-se murcha no chão, desistindo. Aí passa um menininho, pára e se abaixa olhando para ela. Ela ia pedir água pra ele mas a voz não saiu. Nem ele entendeu que se ela estava deitada e murcha era por que ninguém quis ajudá-la.
E a florzinha ouviu aquilo e pensou: Coitada da Dona Formiga tão ocupada!
E continuou com muita sede e calor pois o sol estava castigando suas pétalas ainda tão jovens. E ela distraída de sede e sol quando sente uma sombra que vem chegando. Primeiro sentiu um conforto muito grande pois o sol já não machucava, só depois vui o que era. Era uma nuvem muito grande e escura, bem negra, daquelas cheinhas de chuva. Ela ficou super feliz pois agora além de sombra teria água. E gritou bem alto para o céu:
- Ó Dona Nuvem. Que felicidade a senhora passar por aqui justamente agora que eu já estava a desfalecer de tanta sede e calor. A senhora poderia chover um pouquinho em mim para que eu possa matar a minha sede? Sinto que já não poderei aguentar muito mais tempo e a senhora tem tanta chuva aí...
Mas a Dona Nuvem seguia ordens bastante claras. Teria que chuver no mar logo mais a 600km dalí. Eram ordens.
- Minha florzinha azul, bem que eu gostaria, acredite. Mas eu tenho ordens para cumprir. Sei que você ainda não entente, mas quando crescer vai ter que cumprir muitas também e aí vai entender. Vai ver que logo mais passa alguém por aqui e que possa te ajudar.
O lugar era longe de tudo, mas por lá passou uma formiga. A florzinha ainda era um bebê e estava com muita sede. Então ela fala à dona formiga:
- Dona formiga, voce poderia trazer pra mim um pouco de água. Eu não tenho pernas para ir buscá-las longe daqui e não há nem vestígio de umidade neste solo.
Porém a formiga olhou para ela e disse:
- Florzinha querida, você ainda é muito novinha e não tem compromissos, Agora não posso estou muito atrasada.
já que estamos todos aqui, vou contar uma historinha.

Era uma vez um lugar muito bonito e cheio de flores. Não, não. Era uma vez um lugar árido, seco e distante de tudo. Lá, mesmo com este solo infértil, nasceu uma florzinha azul.
sejam bien venidos a mi casa...
5!!! acho que estão todos os meus leitoras aqui! OOOOOOOIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!
4!!!! que pico! Meu povo vão fazer alguma coisa de interessante e útil... vão ler um livro. Vou fazer um daqueles bannerzinhos com esa campanha "Não leiam o Ecletiquices. Leiam um bom livro!"
Acho que vou tirar esse contador de usuários. Estou ficando paranóica
olá! estamos em 3 on line agora!!!
Resolvi fazer uma limpeza no meu blogger hj. Deletei os dois blogs que eu já não postava e o que eu nunca consegui postar por que sempre dava erro. Estranho. Sempre que eu invento uma coisa faço ela de monte, principalmente se precisar de cadastro. E o pior, só uso mesmo 1.
Só hoje me dei conta de como o Estado do Piauí parece com o nariz do Gonzo.
Sou eu, Lella! O Gabriel. Estou mexendo no seu blog!

Este é um experimento anárquico!!!

segunda-feira, julho 08, 2002

quem está aí?
ÊÊÊ...
Há alguém lendo o meu blog neste exato momento. Por favor, dirija-se ao balcão e identifique-se.
êêêêê... tae kwon do ôôô
que nada, que não sabe nada, que morre afogada por mim...
ah bom! Relendo aí meus posts ví que já tinha avisado que estava de folga do blog... Folga é isso. Não ter nada pra dizer e só escrever as besteiras mais idiotas que passarem pela cabeça - e também as besteiras dos outros - sem estar nem um pouquinho aí. Tô absolvida. Bologue de férias.

(A prova: Segunda-feira, Julho 01, 2002 Estou de folga do blog (bologue) esses dias. De licença sem vencimento, como a minha mãe tira de vez em quando no Estado. posted by Mirella Adriano at 17:19 )
cheiro da boca do outro...
Me surpreedo com as pessoas gostarem disso aqui e realmente não entendo como isso pode acontecer. Porém, se algumas gostam tenho que dar algumas explicações: este é um bologue terapêutico. Escrevo aqui mais legalzinho quando alguma coisa me tira do estado de apatia - que acho que é o normal entre as pessoas "normais". Estando assim, nem lá nem cá, nem em cima nem embaixo, nem gargalhando nem aos prantos, nem branco - ou pink - nem preto, não tenho muita vontade. E sinto ser mais legal aparecer por aqui quando tenho aquela vontadona assim desse tamanho que eu não consigo segurar os dedinhos e escrevo lá minhas besteirinhas - ou as besteirinhas dos outros que eu gosto. Então. Pois bem. Vida anda meio de charrete. Bem devagarinho. Só fazendo fenhenhén fenhenhén e dando aqueles sopapinhos quando passa por cima de algum montinho na estrada. Esquisito eu encarar a coisas assim. Acho que é para me proteger. Sou uma pessoa muito necessitada de se proteção. Fico inventando demais. Me defendendo demais. Construindo muros demais. Mas enfim, não foi isso que vim dizer agora. Acho que vim dizer que a vida vai bem obrigada e que não ligo muito se o bologue tá ou não tá legal. Melhor eu estar. Acho que é isso. Viajei.

domingo, julho 07, 2002

Capricornianos Famosos

Al Capone
Anthony Hopkins
Aristoteles Onassis
Cândido Portinari
David Lynch
Denzel Washington
Elvis Presley
Federico Fellini
Janis Joplin
Joana d’Arc
Jô Soares
Kevin Costner
Marlene Dietrich
Martin Luther King
Mel Gibson
Muhammad Ali
Nicholas Cage
Oswald de Andrade
Richard Nixon
Rita Lee
Selton Mello

Vixe! Só gente boa...
E eu acho mesmo que devia deixar de preguiça pra ficar mais sabida "ainda". Mas nem tem jeito. Preguiçei a tarde inteira. Cabei indo pra praia com minha comparsa. Ficar lá cantando os hits dos carnavais e férias lá no Morro Branco quando a gente tinha lá nossos 13, 14 anos... Engraçado. As vezes penso que a gente ficou lá naquela época. Tenho medo disso às vezes. Depois eu digo pra mim para eu deixar de besteira e se as épocas legais ficam voltando assim sempre ns conversas de vocês é porque foi muito legal mesmo, isso deve acontecer com todo mundo a partir de quando o sujeito passa a ter memória, se a lembrança agora é de coisa mais antiga é pq vc já está ficando velha. Se acostume aí dona Mirella, que ainda é só o começo.
uma muito, muito, muito querida pessoa

sábado, julho 06, 2002

Mais testes idiotas...



Que rótulo idiota te define como pessoa?





Que acessório sexual você é?





Afinal de contas, que FIM é você?
“... Se antes de cada ato nosso nos puséssemos a prever todas as conseqüências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar.”

sexta-feira, julho 05, 2002

" De súbito, sem que ele contasse, a consciência acordou e censurou-o asperamente por ter sido capaz de roubar o automóvel a um pobre cego. Tecnicamente falando, não o roubei, nem ele tinha o carro no bolso, nem eu lhe apontei uma pistola à cara, defendeu-se o acusado, Deixa-te de sofismas, resmungou a consciência, e vai lá aonde tens de ir."

quinta-feira, julho 04, 2002

Engraçado. Um rindo da cara do outro. De nada. "feito besta". Engraçado.
Eu sempre encontro essas pérolas...
Tem certeza que vcs ainda virão aqui novamente???



Você é qual personagem em Cavalo de Fogo??



eu hein! cada vez mais bizarros...








Qual prostituta cinematográfica você é?






Qual Apresentador Mala Você É?



fechem os olhos agora, por favor!


Porra, pobre criança!
Teste de DNA On Line







Que aniversariante do dia nove de março você é?



quarta-feira, julho 03, 2002

e mais...


Que perfume você é?




Que blog famoso você é?




Você é o "O Clone" de quem?


o




Que Saltimbanco você é?


faço nem idéia de quem esta seja...


Que filho de famoso você é?




Que Banda Morta-Viva Você É?




Que tipo de garota você é?




Desculpem leitores... Mas é que já não consigo mais não fazer estes testes inúteis quando tropeço em algum... Mil perdões... já não seria a hora de vcs irem ler um livro, checar e-mails, fazer pipoca no microondas, dar o banho no cachorro...?

enfim...


Que estado você é?





Que celular você é?





Quem você é do BBB 2?







Que junk food você é? por Testelândia

acho que é por que sei que é tudo de mentira, fruto de uma imaginação fértil e estranha e com muita gente que parece que já morreu tipo o Bozo, o Collor, o Araquem (aquele da copa de 86), e se diz filho do garoto juca (também do programa do Bozo). Eu hein, como eu tô trash hoje...
E tem mais por . Adorei não sei por quê e sei que muita gente vai achar ridículo, o fato é que ontem ficamos três pessoas a chorar de rir de cada post desse cara até as 3 da manhã...

Hoje o dia foi muito doido. Eu peguei meu sobrinho como cobaia numa experiencia anárquica, sugerida pelo Mestre Enéias no seu livro "Faça do Mundo a sua Lixeira Parte 4". Disse para o meu sobrinho que iriamos à Disney World. Ele, que só tem 6 anos, achou que era verdade. Entramos no carro, e dirigi por horas em círculos no quarteirão. Como o moleque é idiota ele achou que estavamos indo para os EUA. Depois de muito tempo, quando vi que o moleque estava cansado, dirigi até uma construção demolida. Mostrei a destruição para ele, e com uma voz triste disse "oh não, sobrinho, os terroristas destruiram a disney. o mickey morreu! morreu!". Aí ele começou a chorar, então eu disse que era tudo brincadeira e nós rimos um pouco. Depois fui para o bar, e deixei o moleque trancado no carro. Bebi tudo que podia, e dirigi em zigzag até eu vomitar. Chegando na casa da mãe dele disse que ELE é quem tinha vomitado, e a mãe dele deu uma surra enorme nele, dessas de sair sangue. Eu filmei tudo, e vou mostrar para todo mundo da escola dele quando ele estiver se formando do segundo grau, na hora que ele for pegar o diploma. Até a próxima.
Eu sempre quis fazer algo ilegal, mas nunca achei algo suficientemente bizarro. Mas acho que hoje encontrei. Aparentemente a lei 6.015, de 1973, determina que os oficiais de cartório estão proibidos de registrar crianças com nomes que podem expô-las ao ridículo ou a situações humilhantes. Vou burlar essa lei! Vou me tornar um fora-da-lei! Caso eu tenha um filho, vou colocar nele o nome de Durango Mango Mango de Capifes Capote Catapimba da Cruz Cruzada Trêis Veiz, e caso seja menina se chamará Chucrutes Morocotó Odeia Muito o Rádio. Quanto mais feios nascerem meus filhos, mais engraçado vai ser!


, no, de longe muitas léguas, o mais engraçado de todos os que já entrei...

terça-feira, julho 02, 2002

E o meu último post sobre qualquer coisa relacionado com a Copa do Mundo 2002:

Consertando o post do dia 22 de junho... beckham? Figo? Não, não. O mais lindo é o Raul.
Sou uma pessoa até bastante tolerante quanto aos trocadilhos sazonais e oportunistas que algumas datas e ocasiões acarretam, mas FELIPENTA foi demais para o meu ouvidinho...
Para o moço que eu chamei de palhaço: foi um super mal entendido. Palhaço, na minha opinião, nunca deveria ser entendido nesta forma perjorativa que às vezes usamos (e que não foi esse o caso). Mas devo pedir desculpas por não ter me feito entender da forma que gostaria. Meio envergonhada de ter causado tanto "rebuliço" aí no pic-ceu que gosto tanto. Não era essa, de verdade, a intenção.

segunda-feira, julho 01, 2002

já fiz vários destes testes, mas em espanhol é o primeiro







¿Qué personaje eres?

+* Chicas Superpoderosas *+

TEST NO OFICIAL
Estou de folga do blog (bologue) esses dias. De licença sem vencimento, como a minha mãe tira de vez em quando no Estado.
um negócio estranho, no meio da garganta mas maior que ela. outro, ou será o mesmo?, nas juntas ombro-braço atrapalhando eu levantar e baixar. na barriga, como se fosse um motor revirando tudo assim vrooommm, vroommm. sabe assim, um corpo todo sacodido, que não achando canto inventa de mexer um pouco os dedos com o que não sabe o que tem na cabeça. e não sei mesmo. faz tempo que não sei o que tenho na minha cabeça. e quer saber? nem vou atrás de saber. só sei que agora estou assim, com os dedos coçando pra mexer até até as seis. depois das seis? sei lá depois das seis. nem agora sei, avali daqui a uma hora. acho que depois das seis vou fechar a sala, dar alí tchau pra luíza e pegar o elevador no fim do corredor. quando ele chegar lá embaixo vou andando até a esquina dou tchau pra moça lá do Sorvetão e vou até a outra esquina pegar o carro. aí vem a dúvida, pra onde eu vou agora? aí pego, vou voltando pelo caminho que volto sempre morrendo de vontade de ir bater na primeira fronteira que chegasse. parece coisa de fugir. mas acho que né não. é que isso aqui é muito tédio. o que não é tédio é muito complicado, complicado de mais e tenho medo de ser tão complicado assim. queria e não queria que hoje tivesse Varanda. queria um monte de coisas. queria que de repente todo mundo desaparecesse. queria ficar trancada num supermercado e comer até abrirem no outro dia. queria que o mundo não fosse tão perigoso e a gente pudesse morar numa barraca na praia. ou pelo menos ir dormir lá algumas vezes. queria poder me transformar em animais. queria ser grande. queria ter as pílulas de encolhimento do chapolin colorado (é de encolhimento mesmo?). queria me ver de fora, como eu posso ver todas as outras pessoas, menos eu. queria me achar mais elegante e menos enrolada. queria sapatear.
não deve ser coincidência que a copa é sempre no ano nas eleições para presidente, deputado e senador. Não deve ser coincidência que a Copa foi nas Coréias enquanto a Coréia do Norte e a Coréia do Sul estão tentando se juntar de novo fazem alguns anos, muito menos a copa passada ter sido na França enquanto ela passava por alguns problemas políticos que eu não lembro quais eram mas lembro que eram e estava preta a coisa por lá. Político não é besta. Besta é povo. Que ainda cai na do Pão e Circo, ainda que mais Circo do que Pão.
Lembrei o que eu ia dizer. Não vou comentar aqui sobre a vitória do Brasil. Porque me nego a acreditar que um negócio que envolva o tanto de dinheiro como uma Copa do Mundo envolve, seja uma coisa limpa, sem corrupção e etecéteras. Não acredito que o país que sedia seja simplesmente escolhido por critérios de infra-estrutura e organização. Muito menos o que ganha por ser o melhor do mundo. Todo mundo se zanga comigo quando eu digo que este negócio é todo, todinho desde o começo, arranjado. Mas é o que eu acho. Vou ser daquelas velhinhas rabugentas e ralhentas, duvidadeiras de tudo no mundo.
...Usar o hífen é muito chato. Acho mais legal (até porque nem devo saber em que palavras deve usar) escrever assim, sem os hífens, mas em sílabas separadas. Mas devem estar todas erradas porque eu corria longe das aulas de gramática.
é... esqueci o que eu ia dizer...