domingo, junho 24, 2007



Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas, suas curas
Seus jardins

Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura
De ser feliz

O mundo todo reside
Dentro, em mim.

quinta-feira, junho 21, 2007

Minha leoa, pegue o espelho. Mantenha-no frente à face. Livros e beleza, seu guia. Muitas letras, unhas carmim, lua crescente no pelo liso. E não te olvides.

quarta-feira, junho 20, 2007

pega a senha número 483 pensando que algum dia ainda vai rir cantando "não aprendi dizer adeus".

segunda-feira, junho 18, 2007

Alguém disse

- quem joga limpo nunca ganha. só em novela. e olhe lá...

quinta-feira, junho 14, 2007

eu só espero que quem tem dó prepotente de quem sofre, nunca sofra, e continue leviano, solto, tolo e superficial no mundo. espero que quem sobe degrau na escada só pra olhar o outro por cima, fique lá, ou suba sempre mais degraus, e fique bem longe da terra, do dentro de si, da condição humana. as pessoas andam muito cheias, de si, de lemas, de bandeirolas - porque faz décadas que não se prendem por bandeiras verdadeiras -, manias de excesso, status, conceitos e valores agregados. as pessoas andam tão cheias de si, de saco tão estuporado de suas próprias caveiras embelezadas, que não cabe mais ninguém de forma terna, segura, comovida. e acho que elas, essas pessoas, devem viver é isso mesmo, essa vida meio falsificada, esse discurso bambo, de corda bamba erguida lá no alto - das que não pode cair, nêga, se balance toda mas não caia, que queda dessa ninguém aguenta -, de porta afora. de soberba e despeito.

essa é a peneira natural das pessoas.

enquanto isso, em algum lugar dessa cidade, tem gente juntando os cacos de seu eu, que nem tão difuso assim era, mas essa pessoa ainda luta pra ser algo um tanto pouco melhor do que foi no dia anterior. nesse momento, há gente pensando que não deve alfinetar uma outra pessoa que se ama - ou que já se amou -, ou que nem ame, porque as pessoas que não amamos também merecem nosso respeito e consideração. elas não têm culpa de que não as amemos da mesma forma que as que não nos amam não têm porque ser condenadas por isso. o que eu vejo nessas que juntam seus cacos é que a vida delas dói um pouco mais, porque é injustificável. se levou um pé na bunda, por exemplo, não foi porque a pessoa em questão não teve o poder de perceber o quão maravilhosa ela era, mas sim, porque a vida corre em ciclos, e esse fechou. por maior que fosse a dedicação prestada, o amor despendido, a vontade de que desse certo. fechou, juntou as pontas, 360º e acabou. a mesma coisa quando se comete um erro com outro - falo sempre em relação a uma outra pessoa, porque a relação com as coisas pode sim, às vezes, ser superficial - não há o que esse outro tenha feito que sirva de motivo para ter-se errado contra. erro é mea culpa, cada um assume o seu. essas pessoas de que falo não se vingam, porque diferentemente das superficiais, não acham que a vingança é um prato que se come frio, mas sim, que é um prato facinho de fazer, tipo macarrão instantâneo, 3 minutos e tá pronto pra comer.

é mais ou menos essa a diferença entre os dois tipos: a escolha pelo caminho da facilidade. da rabissaca, do atropelo dos sentimentos alheios e de seu próprio, carregando a vã esperança de alguma superioridade em agir assim.

me sinto melhor em companhia dessas segundas pessoas, por questão puramente ideológica. delas que eu cuido, acarinho, eu apaziguo, mimo, zelo, enobreço, elevo, elogio. e me compadeço de suas causas, da opção da vida mais difícil levando como vantagem apenas relações mais verdadeiras, dores mais verdadeiras, alegrias mais verdadeiras e o entendimento desmascarado de si mesmas, carregando a rara sabedoria de que a vida não é feita de custo-benefício.

as outras pessoas, eu torço muito para que seus palácios de cristal nunca se quebrem, que seu espetáculo nunca se torne obsoleto e que permaneçam eternamente felizes.

segunda-feira, junho 11, 2007

Esse insuportável riso
de Fulana de mil dentes
(anúncio de dentifrício)
é faca me escavacando.

domingo, junho 10, 2007

há silêncios demais no meu silêncio.
posso sempre dobrar alguma esquina
e cismar com os pés dos homens.
esquecer da flor que se ergue feia no asfalto.
fazer doce, costura, faxina, atear fogo àquele vestido
última peça de luxo que guardei na retina
daquele dia de cobra, da maior humilhação.
posso escolher, ser gauche, me comover com a lua,
perder o bonde e a esperança e voltar pálida para casa.
pôr fogo em tudo, inclusive a mim.
este também é tempo de homens partidos,
de absoluta depuração.
e imenso trabalho nos custa a flor.
mas não há silêncio bastante para o meu silêncio.

quarta-feira, junho 06, 2007

descobri que há algo de útil no orkut.

sábado, junho 02, 2007

vertical, Mirella.
sempre vertical.

sexta-feira, junho 01, 2007

Será que sai o terceiro?

ai.