sexta-feira, setembro 27, 2002

Festa a fantasia. Toda vez eu vou de hippie. Nessa não, vou procurar uma fantasia bem bacana. Cinderela... hum, não, não. Branca de Neve... é... eca! Rapunzel, Julieta... nononon... Pedrita... blergh. odalisca, havaiana, barrigas à mostra e afins tô fora, muito fora. uma pessoa de 1.60 e 57 quilos não pode cometer um atentado desses à paz mundial. Daphine, Velma, Lindinha, Florzinha, Docinho, Mulher Maravilha, Shee-ha, Doroth, Pocahontas, Princesa Sarah, Bela, Mônica... hãããã... Acho que vou arranjar uma calça boca de sino, um cordão maluco e psicodélico com aqueles medalhões e um Black Power gigante.

quinta-feira, setembro 26, 2002

A semana volta a passar no tempo normal, voando. Que bom quando é assim, que bom não precisar mais de pedir às divindades que o tempo passe logo, que os dias terminem, que os minutos se transformem logo em horas. O tempo voando assim é sinal de que tudo "vai bem" e que a vida voltou ao normal, cheia de coisas que eu gostaria de fazer ao mesmo tempo e que sei que não vou poder fazer nem um por cento delas. Já tá toda bagunçda de novo e eu voltei a esquecer as coisas. Voltei a dar as preferências e não fazer o que acontecesse de fazer para me ocupar. Bem, bom ou mau, agora sinto que é melhor que seja assim. "Todo doido!"

quarta-feira, setembro 25, 2002

Sou grosseira, estúpida e intransigente. Não enxergo, não escuto nem faço favores. Eu sou mesmo um saco.

terça-feira, setembro 24, 2002

Eu quero um remédio que tire o meu apetite.
Não sou uma pessoa dada a supertições, mas sabe quando uma coisa não bate com vc, quando a "aura" não é boa? Esse tal de 2003. Ô numerozinho para eu não gostar. Se eu pudesse passava logo pro 2004... pensando bem depois de 2002 todo número é feio e desengonçado, mais pesado pra direita e longe demais de 1900...

segunda-feira, setembro 23, 2002

Coisas que eu gostaria de fazer quando eu estiver na mesa no dia das eleições:

× Chegar apitando e acenando uma bandeirona enorme e vestida com o número do meu candidato e partido da cabeça aos pés só para ver qual seria a reação.

× Quando estivesse no maior número de eleitores possível dentro da sala, sair correndo abanando as mãos e gritando FOGO! FOGO!

× Passar o dia inteiro cantando "Baba, babe"

× Levar o pogobol da Joyce e só deixar as pessoas votarem se forem pulando nele.

× Quando o eleitor estiver demorando eu chegar na cabine de votação devagarinho sem fazer nenhum barulho e apitar (com o apito do primeiro desejo) no ouvido dele. Se ele não entender eu explico: Um silvo breve, prossiga!

× Sair às 8 horas para almoçar e só voltar às 5.

× Queimar a zerésima.

× Rasgar a via extra da zerézima.

× Engolir a segunda via extra da zerézima quando ninguém estiver olhando.

× Danificar as três urnas reservas para que a eleição possa ser nos papeizinhos e os eleitores possam demonstrar a sua criatividade.

× Sair correndo com as 10 vias do boletim de urna que a máquina permite imprimir.

Quero só ver se me escalam pra ser mesária de novo.
Ah! Fim de momento Garoto Juca Jr...
Você odeia essa sociedade burguesa e capitalista. É contra todo e qualquer tipo de modismo, conformismo e comodismo. Utiliza a internet como quem utiliza uma lata de spray numa parede. Peraí. Você utiliza a internet? Seu burguesinho traidor do movimento punk...


Eu sou o Bob Cuspe !
Qual personagem do Angeli você é ?

domingo, setembro 22, 2002

Gravação

- Pronto, tá ligado. Posso começar?
- Pode.
- O senhor se sente realizado?
- Por que você quer saber isso?
- Nada não. O professor é que mandou lhe perguntar.
- O professor tem interesse em saber se eu me sinto realizado?
- Sei não senhor.
- Então diga ao professor que venha me procurar.
- Pra quê?
- Para eu lhe perguntar se ele se sente realizado.
- O senhor vai perguntar isso a ele?
- Vou.
- O senhor também está estudando? Nessa idade, poxa!
- Quê que tem? Toda idade é boa para estudar, a gente não acaba nunca de saber as coisas. Mas não estou estudando não.
- Eentão por que vai perguntar isso ao professor?
- Porque se ele quer saber se eu me sinto realizado, eu também quero saber a mesma coisa dele. Indiscrição por Indiscrição.
- Gozado... Mas se o senhor fizer isso não bota o meu nome no meio, por que vai dar grilo. Vê lá, hem?
- Fique descansado. Não vou compremeter você.
- E o senhor só vai responder a minha pergunta depois de falar com ele? E se ele não responder? Se demorar? Tenho de entregar esta entrevista até quinta-feira.
- Bem, eu respondo agora mesmo.
-Então responde, vamos lá.
- Primeiro eu preciso saber: o que é se sentir realizado?
- Oo senhor não sabe?
- Para dizer o que eu sinto, quero saber antes se o que eu sinto é o mesmo que se deve sentir quando se está realizado, ou se julga estar.
- Poxa, não complica.
- Estou complicando, meu querido? A minha intenção era simplificar, esclarecer. O que é mesmo se sentir realizado?
- Ora! Se sentir realizado é... quer dizer... Não sei explicar muito bem, mas o senhor entende, né?
- Mais ou menos. Quer dizer: menos. E você?
- Se o senhor não entende bem, eu é que vou entender?
- Então, como é que eu posso responder?
- Ué, o senhor é o entrevistado, o que sabe das coisas.
- E quando não sei?
- Não sabe se está realizado?
- Não sei o que é realizado.
- Corta essa. Não vai me dizer que não tem um dicionário em casa?
- Tenho alguns, mas em vez de me tirarem as dúvidas, me acrescentam outras.
- Desculpa, mas o senhor é enrolado, hem? Será que não achou o significado de realizado?
- Achei quatro ou cinco. Quer ver? Olhe aqui. O primeiro é o de coisa ou negócio que se realizou, que se tornou real. Será que me tornei real? E antes não era? Quê que eu era então? Fantasma? Projeto?
- Assim o senhor me funde a cuca.
- Não tenho intenção.
- E os outros significados?
- No fim, está o neologismo, é aí que - desculpe a expressão, que não costumo usar, mas me deu vontade - aí é que a vaca vai pro brejo. Aqui está: "indivíduo realizado: dito por uma pessoa, de si própria, quando considera ter alcançado todos os seus objetivos no terreno ético ou no de suas atividades profissionais ou artísticas."
- Tá legal.
- Legal no papel, mas e dentro de mim?
- Dentro do senhor o quê?
- Quais são os meus objetivos no terreno ético, ou, mais modestamente, no terreno de minhas atividades profissionais ou artísticas? Tenho objetivos éticos definidos? Quais são? São meus ou me são impostos ou sugeridos pela educação e pela conveniência social? Se fossem exclusivamente meus, quais seriam? E em minhas atividades práticas ou criativas? Que é que pretendo? Pretendo sempre as mesmas coisas? Não mudo de alvo? Não danço conforme a música ou até sem ela e contra ela? Que é que eu sei de positivo a respeito disso, ao longo da minha vida? Que pretendia eu há 20 anos? Há 10? Na semana passada? Me procure depois de eu morrer. Aí então, posso dar balanço.
- Chega! Chega!
- Estou caceteando você?
- Não está enchendo não. É que a fita acabou. Até que a entrevista foi bacana, um tremendo barato. O professor vai delirar, a turma também. Um cara que não sabe se está realizado nem o que é estar realizado! Papo findo, tchau!

(C.D.A)
à disposição de quem quiser saber como anular um ou mais votos. hje eu sou a mulher mesária

quinta-feira, setembro 19, 2002

Me disseram uma vez para eu nunca mudar meu jeito, porque meu jeito era bom demais, bonito demais, que nunca mudasse, mesmo que eu quebrasse a cara um milhão de vezes. na hora eu achei que tinha entendido, se eu entendi lá na hora acho que hoje entendi ainda mais. hoje eu visualizei várias quebradas de cara que terei ao longo da minha vida por causa da minha trouxisse pelas pessoas, sempre pelas pessoas erradas (estou começando a achar que todas as pessoas sao erradas. vixe! vai ver o problema sou eu).
definitivamente eu estava em paz quando você chegou...

quarta-feira, setembro 18, 2002

Era uma vez um menininho chamado Tatá. Bem, não era esse o nome dele, provavelmente. A mãe dele deve ter escolhido um nome bem bonito pra ele, tipo Tarcísio, alguma coisa assim. Mas como menino de colégio é uma danação só, resolveram chamar ele de Tatá mesmo. E Tatá até gostava bem mais que de Tarcísio. Enfim, era uma vez ele.

Um belo dia, estava Tatá muito bem sentado na sua carteira assistindo sua aulinha de matemática. De uma hora para outra começaram a aparecer umas pessoas fantasiadas de congadeiros. Todos dançando e balançando as fitas coloridas nas pontas do chapéu. E lá vai ele deixando-se levar pela música e pelas cores. Encontra o avô, batem um papo e segue dançando e cantando. Aí, que de repente, um grito esganiçado, "Senhor Tarcísio (digamos que seja Tarcísio), posso saber que animação é essa? Já para a coordenação". Resultado, o pobre do Tatá teve que fazer uma redação de 50 linhas sobre... é... A Importância do Silêncio.

E lá vai Tatá, em frente a janela, de lápis e papel na mão, tentando encontrar alguma importância para o silêncio, quando, de repente (de novo. sempre de repente), passa um carneirinho fugindo de um lobo lá no céu. Dessa vez Tatá pensa duas vezes. Coça os olhos, sacode a cabeça, "Era mesmo uma ovelha que eu vi voando?". Era. E fugia e era sério o problema dela. Lá de onde ela vinha ela era a única que ainda falava.

Bom depois disso esta tal ovelha e um tal papagaio chamado Do-Ré-Mi-Fá levam o coitado do Tatá pro tal do Reino do Calajá. E ele teve que bancar de herói com ajuda de uma dupla de sapos seresteiros entrando na boca da noite e subindo uma escadaria encantada pra salvar a princesa que também era fada. Bom, bem, o fato é que Tatá deveria estar mesmo era lá na coordenação fazendo a tal redação e que ele só tinha até o fim do recreio pra fazer. E eram 50 linhas.

Dizem que Tatá volta de Calajá - que depois de liberada aos sons mudou de nome. Calajá não fazia mais sentido - se despede da ovelhinha fujona, que é quem o traz de volta, e, a primeira coisa que ouve, é a sirene. Depois a porta abre e ele pensa "Morri!". Mas que nada, uma coisa estranhíssima tinha acontecido. Ele olha pro papel e quase não acredita, tinha uma história inteira lá.
Tudo bem, tudo zen, meu bem.

segunda-feira, setembro 16, 2002

tudo é em ato e potência. gostei dessa, tio Celi!

sexta-feira, setembro 13, 2002

insisto nisso... "o que está acontecendo? o mundo está ao contrário e Ninguém reparou. o que está contecendo? Eu estava em paz quando Voce chegou.

quinta-feira, setembro 12, 2002

desculpem... é que sou uma bobona mesmo. nao liguem. eu tenho peninha dos americanos. aliás, depois de raivinha é o que mais tenho.

quarta-feira, setembro 11, 2002

E não vou falar de merda de 11 de setembro nenhum. Porque no fundo, no fundo, foi muito foi bem merecido. Porque esse negócio de paz no mundo agora tá é muito parecido com os problemas daqui do Brasil. Uma avenida é perigosa de atravessar. Esta avenida é perto de uma favela. Exatamente o ponto mais perigoso da avenida é esse perto da favela. Quase todo dia morre uma pessoa da favela atropelada. Nenhuma autoridade faz nada. Um belo dia um Juiz é atropelado lá. No outro dia há sinalização barreiras eletrônicas, guardas de trânsito, tartarugas que brilham no escuro, enfim, tudo possível e um pouco mais para que a avenida fique mais "segura". Mas será mesmo essa a intenção? Sabemos muito bem que não. Da mesma forma. A falta de paz no mundo só está doendo agora, porque foram "os donos do mundo" que levaram o golpe. E uma paz dessa, por esses motivos, unilateral como essa, o mundo não precisa. É, acho que é isso. Ah!!!! E não me venham com "Ah, mas os que morreram eram inocentes...", porque este povo - e é o povo todo, porque o povo concorda e se não concorda pelo menos acata as decisões do governo - mata por dia um número muito maior de inocentes e é de fome. Inocente por inocente, eu sou um e sou vítima da política daquele país, pois moro num país que em tudo depende de um tal de estados unidos e sou assaltada quase todos os dias na maior parte das minhas compras - para não dizer em todas - por que um tal de dollar vale 3 vezes mais que o meu dinheiro. Isso só para dizer que mesmo não morrendo, se é vítima, e muito vítima, daquele lugarzinho lá.
como se já não bastasse me obrigarem a votar, e a votar em urnas eletrônicas, EU, Carla Mirella Façanha Adriano fui "convidada" para ser mesária. É triste, muito triste este destino de mesário. É triste, tristíssimo, ser obrigada a participar tão efetivamente da "festa da democracia". Parabéns para mim! droga...
Estranho chegar em casa agora. Estranho andar de um lado pro outro. As janelas incomodando. A rua... a rua pública demais.

segunda-feira, setembro 09, 2002

achava lindo aqueles tons prata, vermelho e preto. olhava aqueles olhos que parecem não poder ver. que pareciam olhinhos de pano e esponja, e, sem poder nem respirar para que ficasse, eu me punha a observar a língua frenética que se alimentava do sujo da minha roupa. e para ver aquele prata mais lindo de todos eu suportava o mal-estar da cócegas e fantasiava algum contato olhando bem nos olhos de almofadas de veludo vermelhas. achava que se ela entendesse que eu a queria alí, eu poderia me mexer que ela nao ia embora com medo. e no fundo acho que cheguei a estabelecer alguns. elas ficavam passeando em mim. dando voltas em si mesmas para que eu pudesse olhar todo o seu corpo prateado de rasgos pretos. e me olhava nos olhos. e eu imaginava que ela me via como eu via a ela. sabia que não. sabia que ela via mais que eu, em mais dimensões e que podia e ver estando quase de costas pra mim. mas não importava. ela me via quando me olhava assim de frente, com seus olhos opacos e macios, olhos vermelhos estranhos olhando os meus comuns castanhos, que tem por aí um monte e que para vê-los eu não precisava de nenhuma sorte, acaso ou sacrifício. bastaria pedir, Olha aqui pra mim.
EM VEZ DE 'LAR DOCE LAR'...

"Dorme hoje um casal de virtudes no mesmo espaço de chão que sofreu um casal de pecados. Amanhã pode lá dormir um eclesiástico, depois um assassino, depois um ferreiro, depois um poeta, e todos abençoarão esse canto da terra, que lhes deu algumas ilusões."

sábado, setembro 07, 2002

Oi! cheguei...