sábado, abril 13, 2002

Cansada. Como escreveram uma vez pra mim; “é uma tristezinha, um banzo da vida, uma vontade de não ser”. Cansada da minha voz, da zuada dos penduricalhos do brinco, do arrastado do tamanco, de habitar sempre a minha, e só a minha, mente. De ter sempre os mesmos preconceitos, os mesmos medos, as mesmas dúvidas, as mesmas vontades. Cansada de olhar e não saber. Não saber o que quero. Se quero. Se devo. E se ainda quero. De encontrar e as mãos tremerem suadas. De sorrir sem motivo. De distrair. De não ter coragem. De respeitar. De te querer bem sem você saber. De não saber onde vai dar. De pensar que deixei tudo escapar. De não ter certeza se deixei tudo escapar. De não ter certeza do que era o tudo. De não ter certeza de nada. De ter vergonha. De sentir culpas. De não poder. De não ter conserto. De não ter remédio. De não ter juízo.

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