sexta-feira, abril 26, 2002

Todas as pessoas são apaixonantes. Não existe uma só pessoa que não seja apaixonante. Cada pessoa tem uma coisa dentro da barriga, uma coisa colorida, um pozinho mágico por cima da cabeça, um brilhinho no olho, um jeitinho de fazer cafuné, de molhar os lábios, de fazer de conta que não te vê, de ficar vrelmelho, de pôr os cabelos para trás, de ser sozinho, de entender e de mostrar o mundo. Todo mundo é lindo. Por dentro e por fora, acredite. E não há, também, ninguém que não valha a pena. Todas as pessoas valem a pena. Claro que bom senso e amor próprio “nunca mataram ninguém”, mas não sei se posso afirmar, com certeza, a mesma coisa sobre o orgulho. Posso dizer isso com toda certeza (com toda certeza de que não tenho certeza se posso afirmar com certeza) por que se tem uma coisa pela qual luto por muitos anos é para me livrar do meu orgulho besta (do besta, por que também tem alguns que valem a pena ter sim). Bom, concluindo, todas as pessoas nessa vida réia doida valem a pena, e, se um dia parecer loucura gostar de alguém, aí mesmo é que vale a pena tentar com ela, o máximo que pode acontecer é não dar certo e vocês terem que terminar um possível relacionamento, mas você vai aprender com essa pessoa, ou com você mesmo, um milhão de coisas mais. E não vai dar chance de quando ficar bem velhinho, ficar todo arrependido e lamentoso por isso ou aquilo outro que deixou de fazer. Essa ou aquela outra coisa que deixou passar. O tempo não pára. Nem volta.

Ah sim. Sofrer é do mundo. Não é por isso que se deve deixar de tentar.


Outra coisa. Sem especulações. Foi só um pensamento. Uma injeçãozinha de amor na parte do mundo que me cabe.

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