domingo, junho 02, 2002

Lugar absurdamente barulhento de pessoas absurdas, de conversas absurdas e que me chamam absurdamente demais. Lugar absurdamente claro, cheio e alegre o qual não me deixa saída nem escolha. De vez em quando paro um pouco e escorre uma lágrima, mas a rejeito. Aqui não é lugar para isso. Meu coração não deveria ter lugar para isso. Solidão. Solidão. Solidão. Agora eu entendo o que significa dizer que a gente é sozinho no mundo. E é mesmo. Só somos nós aprisionados nessa caixinha misteriosa e coberta de cabelos com todos os nossos absurdos. E o mundo passa a ser incompreensível mas melhor, muito melhor. Mais perto da verdade. Mais perto do ponto. E por mais incrível que pareça, prefiro mil vezes assim que a cegueira de antes. Prefiro um milhão de vezes sentir o mundo assim que o absurdo de viver achando que apesar de não ser perfeito o mundo é bom e “a vida é assim”. Não é coisíssima nenhuma. A vida tem que ser mais. A vida tem que ser muito mais.

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