quarta-feira, junho 12, 2002

Sei que isso todo mundo já sabe, mas não custa nada relembrar...

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da TV o seu guru e seu parceiro diário. ( Como pode 14 polegadas ocupar tanto espaço em uma vida?).
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte.

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