sexta-feira, agosto 23, 2002

Uma palpitação. Um formigamento. Parece até que abri uma porta. Uma porta que dá para vento e que quando a gente abre desarruma a toalha da mesa. Uma porta sem maçaneta. Não há um ponto certo. O lugar exato de abrir. Se tem o arco? O portal? Diria que ela é de madeira. É o que posso ver. De madeira leve e clara. Cerejeira, quem sabe. Uma porta vai-e-vem. Nada de rodinhas. E eu lá. empurrando. puxando. sentindo o vento no rosto e colocando um peso em cima da mesa para que a toalha não caia.

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