domingo, novembro 09, 2003

tempo que não sinto assim essa leveza de algodão esse gosto esquisito na boca e saudade nos pés. a cabeça indo pro lugar aos poucos. uma reviravolta esperando e há quanto esperando, pois essa, ela, vixe, nem sei, parece que pôs a cabeça pra fora. dividir sonhos sempre faz isso com as pessoas. faz delas leves, felizes, prósperas, fortes, e a vida de agora faz boa. Meninas da Lua. de lua, que seja. mas a leveza de algodão, mesmo doce, é sempre leve, é boa e eu não quero que ela vá embora nunca. um cheiro de incenso aqui, mas nenhum incenso nesta casa, só na minha gaveta. será blush? E pode ser, sempre pode, não é?, sempre pode, e pode ser que não vá nunca existir, nem a prova, nem a ida, nem a felicidade que estamos esperando viver, nem a varanda de novo, nem a gente em uma varanda querida e nossa, nem nada, pode ser que nunca, sempre podem ser as coisas, pois pode ser que não exista nem isso, nem nada nem amanhã, mas já existiu, e quem quiser me dizer que não pode até vir dizer, rá, sempre pode, mas vai ter um trabalho danado. E que possam vir, todas as palavras desconexas de felicidade, que essas sempre podem sem não é nenhum, elas sempre podem mesmo, chatas como forem, como flores, que andam povoando a minha cabeça nessa época de leveza e espera. Estranha época de idéias desencontradas, de vontades, íxi, que sempre podem e que sempre existem.

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