quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Vergonha. Besta, mas ela. Mal. Muito mal. Podre. De um tanto que os banhos não estão dando jeito. Achando a coisa toda muito estranha. E o silêncio. Preferia as discussões bravas, choros, gestos excessivamente já gastos, ameaças, ultimas vezes, chances, palavras, que nunca são realmente, parece mais com o sistema aqui em casa. O peso do silêncio é maior que o das palavras. Pelo menos das palavras pronunciadas. Porque esse silêncio já virou textos, livros, filmes, óperas, quadros, na minha cabeça. Formulando. Lendo os passos da casa tentando entender. Lendo o jeito de sentarem à mesa. Os olhares a mim. Preferia sim, que tudo tivesse acabado sendo dito, gostasse eu ou não, concordasse ou não, doesse ou não. Acontece que a covardia (e a dislexia) anda em mim ultimamente. Mas é sempre assim e sempre passa.

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