sábado, março 27, 2004

entregue às moscas. coberto de pó. árdua tarefa. sangue, ossos, víceras acostumadas. um calendário sem ritmo. e já se ouviu falar de calendário essa semana. vento, mesmo que na nuca. mas nunca é nada. um dia há de ser. ainda não chegou esse dia. a quem se quer enganar? todos sabemos que os dias esperados nunca chegam. e chegam, mas esses não são realmente esperados. o peito, o motor na barriga, a luzinha que acende de vez em quando em algum lugar da nossa cabeça. nada disso. só sangue, ossos e vísceras acostumadas. e o resto todo pó e moscas.

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