sábado, dezembro 18, 2004

Hoje eu tô chata. Um porre. Divagações rasas, infundadas, inúteis, desinteressantes. E absurdamente tagarela. Feito uma menina de sete anos que quer porque quer saber porque que tem gente que nasce aqui e não acolá ou ali. Querendo saber o que acontece com o filminho que passa na cabeça da gente quando a gente planeja uma coisa e ela não acontece. Achando que não acontece nada no mundo, que parece que ele anda meio cansado, indisposto, sem vontade de tentar mais nada (você também não acha isso não?). Matutando aqui os percursos das coisas, das nossas ações, das pessoas, dos lugares, dos governos. Preocupada com a campanha de desarmamento, que apesar de lindíssima, impossibilita uma guerra civil, caso necessário um dia. Denominando o entardecer de bocejo do dia e lembrando que o de hoje foi lindo, enjoado, sonolento, dengoso. Um bocejo com hálito azedo de sono. Pensando seriamente em fazer uma escova definitiva porque estou completamente injuriada por a Marlene ser mais bonita que eu, em parar de beber por estar convencidíssima que bebida engorda, em me mudar pro sítio no mês de janeiro porque meu ouvido cansou verdadeiramente dos ruídos internos e externos que povoam a minha mente. Mas também estou muito, muito feliz com o povoamento da cidade desde ontem.

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