sexta-feira, novembro 11, 2005

estou sedentária o suficiente para ter braços gordos e caídos e ombros magros e ossudos, como se a gordura fosse pendente, sem colágeno mais algum que sustente as carnes e a pele. Envelheço, deve ser isso. Aos vinte e quase quatro não tenho mais a mesma manutenção natural e divina da beleza, nem a artificial, entretanto, por um milhão de motivos que não vêem ao caso. O fato é que posso perceber meu osso do ombro com o tato, cada sulco e protuberância, e sinto como se não houvesse ali o fio de carne nem a membrana de pele que o envolve. O sinto, ou senti, agora, um ombro seco, duro e teso, sujo e decomposto, como se pudesse antever o que lhe acontecerá, dentro em quando for, que isso já não me cabe.

2 comentários:

Anônimo disse...

olaaa..
vc encontrou rastros do ricardo leite?!

Anônimo disse...

te dengo.