quinta-feira, fevereiro 23, 2006

é uma coisa que só entende quem vive em lugar em que não chove. essa fúria de libertação da água, cheia de gozo em estar-se derramando. que extasia a si e o outro, sem nostalgia, mas uma preguiça morna, um distender de braço fatigado do movimento. de bomba, de sucção, de galope, de cortar cana. na porta do sono, uma gota escorrendo suor e lágrima, um hálito vaporoso respirando em minha boca.

2 comentários:

Anônimo disse...

tá quente aqui.


e lindo.

Caio M. Ribeiro disse...

A chuva é a nossa epifania.