quinta-feira, novembro 23, 2006

Cowboy,

hoje não deu pra entender. Teu dia passou sem mística. Sem dragão, sem armadura. Te devo uma garra, santo, eu sei. Te devo uma asa. Domingo percebi que você não é como os outros, tinha até que te perguntar: onde é o seu altar? Por que não tem na casa do Senhor lugar para um cavaleiro corajoso como você?

Eu sei o que você acha, cavaleiro, mas é que aqui, você não lembra?, aqui a gente cala. Nenhum homem tem o que dizer a outro homem. E o mundo é enganador.

Ontem fui comprar pão na padaria em frente a praça. Queria que você visse, Jorge, que beleza é a brincadeira das crianças. Fiquei achando que felicidade mesmo é uma bicicleta. Uma bicicleta e uma bola. E poder não saber de nada sem ser cobrado decisão, postura e destreza. É, melhor, felicidade é poder não saber de nada da vida.

Pois é isso, meu santo, queria só contar como estão as coisas. Vão bem, estranhamente bem. É bom de vez em quando não precisar de você.


até o próximo, que é meu e seu:
Mirella

Um comentário:

Anônimo disse...

e meu?