Das últimas observações capricornianas de 2006

- É estranho festejar em mês de festa.

- Foi a primeira vez em toda minha vida em que cumpri todas as minhas resoluções de Ano Novo: paguei o taxista.

- Na minha gangorra gosto mais quando estou em cima. No caminho do iô-iô gosto quando estou presa na mão do jogador. No vai-e-vem gosto de ficar de braços abertos. e isso é pra você.

- Não se deve confiar na memória recente.

- a gente se acostuma. com foto meio quadrada e sem profundidade porque é mais fácil de fazer, barata e hype, em dormir com ventilador empurrando vento na narina porque a cidade é quente demais e o salário que a gente ganha não dá pra pagar ar condicionado, em correr atrás da semana feito cachorro atrás do rabo, com dois quilos sempre a mais pulando nos cóes, com as semi, pseudo e médias coisas, porque as super, ultras e megas coisas são apenas hipóteses que formulamos de tanto assistir comerciais, com a foto do cachorro no lugar do cachorro porque tinha um osso no meio do caminho, com o outro ano invadindo este que ainda nem começou direito sem que se possa compreender ao certo como isso aconteceu, e com essa fuleragem de inferno astral que antecedem os aniversários.

- São Jorge, esse ano me empreste seu escudo no dia 22 e venha festejar comigo no dia certo.

- acho que é isso.