terça-feira, abril 24, 2012

Ontem à noite uma estrela morreu. O universo, claro, mal percebeu, morrem estrelas quase todos os dias. O que ninguém imagina, nem o universo, ocupado em acertar diariamente o seu relógio, é que há um lixo cósmico que permanece de cada estrela no ar que cada ser respira. Era uma estrela, morreu para se transformar em um pouco de asco, um pouco de ácido, em uma massa terrena sem resíduo de esperança. Agora, o vento arrasta uma primeira camada desse pó fino e sórdido, não se sabe se um dia terminará seu trabalho. E não é a primeira, nem será a última.

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