terça-feira, janeiro 08, 2013

Para nunca parar.

Sempre fui de ir, mas de uns anos para cá apareceram umas bolsas escuras embaixo dos meus olhos e tenho evitado espelhos em dias de muito sol. Quase nunca você vê, mas essas bochechas não são sobras do que comi e não deveria ter comido, não é isso e você não sabe, mas é falta de um sono bom daqueles de contar ovelhas. Eu nunca duvidei que poderia ser como qualquer moça daquelas que aparecem nas revistas, mas hoje tenho que admitir que aquilo tudo não é apenas resultado de uma força de vontade cósmica, aos 31 os peitos, as coxas, o baixo dos braços, te ensinam mais sobre vontade do que qualquer livro cuja capa traga uma montanha zen e títulos gravados em Hot Stamping. E talvez a verdade seja que quando você não bate em minha porta, nada disso existe, os espelhos, as bochechas, o baixo dos braços, meus cabelos sadios, minha tez ébria, meus sapatos baixos me vão bem, obrigada, bem longe dos seus olhos.

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