domingo, outubro 20, 2013

Sempre tive o costume de reconhecer, em todo tipo de superfície dotada de qualquer textura, feições significativas. Na cortina florida vive um E. T. No teto antigo de viga da casa em que tivemos em Barcelona vivia uma "carinha cubista" que só eu era capaz de ver. Vejo cabelos compridos, vejo ditadores, árabes, moças ruivas, crianças, velhos, mulheres de tranças, com variados detalhes que lhes dão contexto suficiente para que deles eu apreeenda sua história, seus gostos, desejos e o motivo pelo qual vivem afixados nas paredes do mundo. Mas hoje foi diferente. Era um piso de concreto pré-moldado formados por arestas perfeitas mediam exatos 1 metro, de um prédio público da década de 50, e eu vi o Charles Dickens.

Um comentário:

Cíntia disse...

hahahahahahah!
E o pobre Charles Dickens achando que tinha se escondido bem direitinho.