quinta-feira, março 28, 2002

À quem não gosta, não entende ou acha que eu me acho:

Tenho uns pedaços longos de mim mesma guardados na gaveta, nada mais. E é disso que eu gosto. De não dizer mas estar dito. De ser de mim e não parecer ser. Não gosto de ser lida, aceita, compreendida, reconhecida, até mesmo porque não sei o que é isso. Minha escrita pobre é para mim e para os meus. O que me faz bem é o momento em que as palavras saem mais corajosas do mundo que eu. Elas são eu mesma. Eu preciso delas. Elas saem de mim como eu gostaria de ser. Um vulcão, um vômito, um parto, um desengasgo. Não me orgulho delas, nem acho que deveria. Nem nunca pensei em ter alguma coisa delas que não fosse alívio. ab imo corde ...

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