sábado, julho 19, 2003

chegando agora em casa. aqui e fechada. entrando para concha. peso nos ombros. e na nuca. foram os grampos da fantasia de quinta a noite. o dos ombros, cansaço mesmo, pra todo mundo. pra mim eu nao gosto muito de mentir. ouvindo o que eu nao sabia que tinha armazenado e que está com o nome errado me incomodando. é engraçado como coisas com o nome errado me incomodam. fica ainda mais engraçado porque eu vivo nomeando as coisas sem critérios. as contradições sao sempre engraçadas. as ironias tambem. e o humor negro. é engraçado a hipocrisia das pessoas com o humor negro. mas nem era isso o que eu ia dizer. e agora me assustei em perceber que estou falando de mim novamente na primeira pessoa. e eu nao cultivo o inteligivel. ele que aparece sozinho. e escrevo sem rascunhos, como se fosse pra correr o risco mesmo. acho melhor. se ficar corrigindo sempre fica feio. e se ficar ruim, azar. e tenho mania de deixar a música no repeat. e quando vejo uma canoa cheia de indios em pé, lembro do livro que vinha com um cd com a musiquinha: 1, 2, 3 indiozinhos, 4, 5, 6 indiozinhos, 7, 8, 9 indiozinhos, 10 no pequeno bote, mas nunca me atrevo a contar se tem realmente 10 indiozinhos na canoa que nem tinha desenho do meu livro. gosto de cultivar as recordações. em gavetas, às vezes. outras em muco e cera quentes.

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