quarta-feira, julho 23, 2003

Muqueca de Arraia

"gábs nadou de costas. Nadou, nadou, nao cansou. Rimas sao pobres, infelizes que só elas. Diria o M. Bandeira, melhor é dançar um tango argentino. Dancemos, então. Melhor quando tocava Chico Buarque na vitrola. E, sabe-se Deus e a família, quem é Sílvia Jatahy, ou Silva, sei lá. Se eu fosse dona da rua ela se chamaria Façanha Adriana ou Ramalho Farias.
Isso porque Silvia Jatahi, que nào tá nem alí nem acolá, sabe-se lá quem era, se fosse escritor seria Campos Paiva, que nem uma borboleta, não acolá, mas aqui, e outra florzinha bem aqui, que rima com panela, com andarela, até com banguela, que é quando o espaço vazio no sorriso abarca o mundo inteiro.
O gábs baba a Carol todo dia. O mala baba pelo gábs e eu que não sou babada nem nada estou ouvindo a discussão babônica dos dois aqui na minha frente. Enquanto eu escrevo aqui, eles vão lá gastar o banheiro. O chato é que isso não vira rotina e tradição, os telefones não tocam sábado e a bebida dilui no gelo. Chato também é não ir logo. Só, junto, seja como for. O bom de tudo, além de estar aqui, desconexa e atrasada, é ler que o meu sorriso é largo e abarca o silencio, ou alguma coisa que eu nem entendi. E se um dia eu escrever livros infantis, que são os livros menos infantis que existem, eu vou falar sobre a borboleta Lolól e o peixinho Xuquinho, o Astro. Pois é. A Lella vai ocupando por enquanto todos os guardanapos do mundo.
Enfim, minha vez e um restinho de papel deixado pela Lella. Eu amo a Lella e o Gabs. reguiça de escrever. A Lella faz o crepe mais gostoso da paróquia. O Gabs não vai caber no papel, quero é ver.
Fim.
Eu odeio o fim das coisas.
A Lella escreveu depois do fim.
É porque é assim, a gente vai até o fim, depois dobra.

Nós transvemos o ponto."

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