quinta-feira, junho 02, 2005

Fico com o cheiro dela. Meus braços marcados do amor violento. Descontrole do corpo, é o que dizem, na alma, o que sinto. Não mede mais que meus calcanhares, ainda, não tem mais que quatro dias. E tenho uma coriza que me recuso a atribuir a ela. Porque, de repende, ela pousa a cabeça entre as minhas coxas e dorme. O sonho intranquilo, de quem não gosta de perder o tempo do sono. Consegui convencê-la por três vezes de que seu lugar era outro, aquele, não aquele outro. Ela, rebelde, fazia-se de entendida, obedecia. Na verdade, deixei-me manipular, acreditei. Saí enquanto ela dormia. Deixei algumas recomendações, que sei, de olho aberto não as vai cumprir. E o que fazer? Dizer da paciência, do tempo, do cansaço, do cuidado, da falta de todos eles, e da recompensa que é, quando ela lambe o meu nariz.

2 comentários:

Anônimo disse...

uia. fofo demais.

Suyá Lóssio disse...

lambe o nariz?
estranha não, só um pouquinho...