quarta-feira, novembro 01, 2006

Tinha o velho marujo, de bigode de leão marinho, que nem os de desenho aimado. Tinha uma sereia, escondida na imaginação de uma tripulação, que manipulava com voz de deusa. Tinha uma ilha desconhecida a encontrar. Uma praia a desembarcar. Uma mulher de branco que contorna todas as noites a areia. Tinha um menino, moreninho, em cima de uma árvore, que tinha um macaco que ia com ele a onde ele ia. E tinham, cada um, seus nomes, uma casinha e um amor. Até mesmo a sereia. E o macaco.

A mulher de branco andava seu ritual na areia beira-mar quando o velho marujo de bigode de leão marinho avistou a praia da ilha até então desconhecida. Como ainda anoitecia não se sabia se ela era gente, sereia, ou boto. Só o menino, mas ninguém pôde lhe perguntar porque quando ele viu que vinha um monte de gente saída do barco desapareceu pra nunca mais.

E o macaco?


[é assim que se perde o fio da própria história.]

7 comentários:

Anônimo disse...

o macaco? a formiga deve saber.

Anônimo disse...

Vou lembrar disso quando escrever minha biografia.

C. disse...

Adoro macacos. Acho que ele é o resposta para as lacunas da história. :)

Beijin.

Anônimo disse...

a quinta feira amanheceu tanta saudade.

Caio M. Ribeiro disse...

O macaco se afogou numa daquelas piscininhas.

Anônimo disse...

o macaco foi com o menino,porque ele vai pra onde o menino for. procura o macaco, acha o menino. dá uma banana pro macaco, daí põe o menino no barco e vai com o menino pros mares do sul. é um bom lugar pra sereias. é um bom lugar para meninos.

Suyá Lóssio disse...

algo como
os personagens do mundo infantil que puxam o rabo da saia da mirella, ou a nostalgia dos livros que a gente lia antes de dormir e que ninguém mais lembra além da mirela, ou...
lembrei do daniel azulay!
huiahiauhau!

saudade de tu, doidona!