domingo, dezembro 16, 2007

eu vou acender uma vela pra ti, dona hilda, uma vela vermelha, rubra, meu amor, porque tu carece de chama acesa sempre, que eu sei.


Que gosto esse do Tempo
De estancar o jorro de umas vidas.

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Cegos, não somos dois
Apenas pretendemos
Devorados e vastos
Temos um nome: EFÊMERO

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E consumida de linhas
Enovelada de ardência
Te aguardo às portas de minha cidade.

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E afinal
Cara a cara (espelho e faca)
De nossas duplas fomes
Não diremos.

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És caça e perseguidor
E recriaste a Poesia
Na minha Casa.

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Graça e alívio
De te alcançar.

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Vigio
Esta sonoridade dos avessos.
Que se desfaça o fascínio do poema
Que eu seja Esquecimento
E emudeça.

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Do estar ali e largar-se
Da tua vida.

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Que pretensões de um sentir
Tão excedente, tão novo
São questões para o divino

E ao mesmo tempo um estorvo
Pra quem nasceu pequenino.
Tu e eu. Humanos. Limite mínimo.

2 comentários:

Luana Cavalcanti disse...

que lindo lella!

te amo!

Anônimo disse...

a vida também é a vaca. que a gente joga no rio. pra distrair as piranhas. enquanto a boiada passa.

a vida é a vaca.