quinta-feira, novembro 07, 2002

meu lugar não é a minha casa. definitivamente não é a minha casa. meu lugar tem que ser meu. só meu. quase nada, mas meu. e só eu preencha esse lugar. eu e quem eu quiser. lugar da cor que eu escolhi, com as paredes no lugar que gosto. sem tapetes, sem vozes, sem resíduo. sem apoio mas só. onde eu possa ser só. onde eu possa ser indivíduo e não fazer parte de instituição nenhuma. pode ser aqui, na espanha, na bélgica. o vasinho das flores que gosto na mesa da cozinha. minha música. meus pés descalços, sutiã e calcinha. minha bagunça, minha ordem. janelas abertas sol entrando forte. silencio.

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