quinta-feira, julho 03, 2003

Ela ainda vai lá, naquela noite, entra no beco e conta um, dois, três. Observa as luzes da casa. Estão todas acesas. Fazia uma surpresa? Não. Depois a surpresa era dela... Então volta. Todos os rombos novamente. Todas as minhocas. Tudo. Só que dessa vez a perna tremia mais. Chega em casa. Liga? Liga. Desliga na mesma hora. E dá voltas dentro do cubículo que mora. Muda todas as roupas de lugar. Esfria tudo. Isola acusticamente. Morde o lábio. Escreve no telefone o número três vezes. Percebe que tinha se confundido na brincadeira do corredor - Trocara que ia amar quem loucamente. Examina a calça em que está vestida no espelho grande da porta do guarda-roupas. Enrola o cabelo no próprio cabelo. Abre a janela. Esconde o telefone. Diz chega. Depois pensa que chega não é palavra dela. O nome daquele aperreio não é chega.

Nenhum comentário: